Trindade Drácula

A não ser que você queira.

Hajun

Eu prestava atenção dobrada em toda a história que Minho me contava enquanto bebia água a cada surto dele. Até ele finalizar a história a jarra de água estava vazia.

— Condessa, perdão incomodar mas precisamos de sua ajuda lá fora... - Yoongi apareceu de repente.

— Tudo bem, nós já acabamos. - o Lee disse se levantando e eu concordo me levantando também.

Nós acompanhamos o vampiro até o gramado, chegando lá encontramos o corpo de Anna se revirando. Ela não estava viva, não tinha coração batendo muito menos sangue nas suas veias. Em sua mente tinha apenas um feitiço, que eu não faço a mínima ideia de como pronunciar, muito menos o que significa.

— Minho, tu que é o bruxo, resolve aí. - Chris que se aproximou, exclamou e eu não contive minhas risadas.

Parei por conta das caras feias me encarando, e um Hyunjin com ódio nos olhos chegando.

— Desculpa? - dou um pequeno sorriso, e engulo seco.

— Eles não estão acordando! - Hwang diz e eu estranho sua voz estar mais grave, sentindo minha pele toda se arrepiar.

— Hyunjin, se acalme! Não tem necessidade de ficar assim. - Chris tenta o acalmar mas não funciona.

— Como eu vou me acalmar? Meu pai e meus tios não estão acordando do coma. - vejo os olhos dele começarem a escurecer.

Sinto meu corpo estremecer e ando para trás inconscientemente me aproximando de Minho que estava menos assustador que os outros dois. O bruxo abraça minha cintura de lado mostrando proteção.

— Você te assustando ela, Hyunjin. Fica tranquilo, nós vamos resolver isso tudo. - Christopher fala mais uma vez, mas agora mais autoritário se colocando na minha frente.

— Ela ama me ver assim, só precisa se acostumar de novo. - sua voz fica mais baixa, a deixando mais grave num tom provocante.

E não é que eu me arrepiei de novo, filho da mãe sabe realmente tudo sobre mim, sabe até como me deixar coisada. Talvez eu também saiba como deixá-lo assim.

Abracei Minho enfiando meu rosto no seu pescoço grudando nossos corpos. Sinto suas mãos adentrarem na minha blusa me apertando levemente.

— Pede pra ele terminar o trabalho que eu comecei. Deixe ele matar a Anna, ou Christopher irá fazer. - peço manhosa o apertando.

Minho pede para os dois, estes que apostaram uma corrida até o corpo se debatendo, eu parei de ver quando o mais novo se transformou em lobo, já que o Minho me levou para meu quarto.

Chegando lá eu me jogo na cama fazendo barulhos de felicidade mas paro ao notar o bruxo me encarando com um sorriso de canto parecendo segurar uma risada.

— Que foi? Eu tô feliz que minha vida vai poder voltar ao normal agora. - me apoio nos cotovelos o olhando.

— Não é isso. Vem cá, o que foi aquele teatro lá em baixo, hein? - ele pergunta se aproximando da cama, e eu me afasto da ponta encostando minhas costas na cabeceira.

— Que teatro? - me faço de sonsa e ele ri.

— Ah, qual é?! Você realmente tava com medinho do Hwang?

O Lee finalmente chega na cama, e se deita com a cabeça enfiada nos meus peitos e agarrando minha cintura. Eu aproveito a oportunidade para fazer carinho nos seus cabelos.

— Talvez... tá! Eu não tava, eu sei que ele se sente o melhor quando eu "estou com medo" dele. E ele apareceu assim do nada poxa, eu me senti atacada.

— Você não presta. - ele se acabou de rir comigo. — Temos que tomar um banho antes de dormir, gatinha. - ele relutantemente se levanta e vai pro banheiro me arrastando junto.

— Não vai fazer nada né?! - pergunto antes de tirar minha calça, quando ele concordou eu tiro minha roupa e entro no box entrando de cabeça embaixo d'água.

Enquanto a água morna vai descendo pelo meu corpo, sinto toda a tensão dos meus músculos descendo junto e indo para o ralo. Me afasto da água para passar o shampoo e me assusto com Minho me admirando.

— Credo.

— Eu posso ao menos te beijar? - ele diz do nada.

— Ér... pode, não vou ser tão má assim com você. - pisco apenas um olho pra ele.

Eu pisquei e ele apareceu na minha frente me puxando para um beijo, eu senti que ele estava se segurando então dei liberdade pra ele fazer o que quiser de mim.

Antes de me julgar, se coloquem no meu lugar.

Sinto suas mãos pressionando minha cintura me trazendo pra mais perto dele, como se fosse possível. Ele me prende na parede parando o beijo só para descer até meu pescoço.

O bruxo me vira de costas e eu curvo minhas costas me empinando em sua direção enquanto ele brincava com meus piercings, chupando e mordendo meu pescoço. Ele me provoca encaixando seu pau entre minhas bandas me fazendo gemer manhoso deixando minha cabeça pender pra trás apoiando no seu ombro.

Sem nenhuma preparação antes ele entra com tudo de uma vez só, eu fecho minhas mãos em seus cabelos descontando a dor e o prazer que vieram juntos. Lee começou a estocar sem nenhum pudor, e eu apenas fechei meus olhos aproveitando a sensação enquanto gemia seu nome alto.

Só quando acabamos eu percebi que ele havia marcado meu pescoço com uma mordida profunda que provavelmente não sairia tão cedo.

Depois que ele me deu banho, porque eu tinha perdido os movimentos das minhas pernas, saímos do banheiro encontrando um Drácula e um Bang com as bocas e blusas sujas de sangue, e juro, que visão.

Hyunjin estava com uma camiseta branca suja de sangue, como eu disse, mas também estava meio suja de terra e com rasgos além do cabelo despenteado, boca suja com suas presas amostra e seus olhos ainda estavam sem nenhum resquício de branco, apenas cinza escuro e sua íris vermelha. Ele ainda tava sorrindo pra minha cara de idiota.

Chris estava quase do mesmo jeito, mas estava de regata cinza claro, deixando suas tatuagens amostra, quase da cor dos seus cabelos, estes que também estavam bagunçados assim como os do vampiro. Seus olhos estavam totalmente pretos e suas presas também estavam aparecendo enquanto ele dava o maior sorriso de canalha dele, como se estivesse orgulhoso de estar todo sujo de sangue.

Quase babei.

Eu só paro minha analise ao ouvir uma risadinha atrás de mim, reconhecendo ser a de Minho. Me viro indignada pra ele tentando manter minha pose e fingir que nada aconteceu.

— Nem vem! Você acha que eles não escutaram, não? - ele se defende.

— Claro que eles escutaram, Minho. Aliás, vocês dois podem ir se limpar, se não expulso vocês do meu quarto. - tento impor mas minha pose já tinha caído, sem contar que eles nem se mexeram. Perdi toda minha moral porque fiquei secando eles.

— Minha linda, a gente vai precisar de ajuda... - o Drácula faz cara de coitado, eu vacilei de novo, merda!

— Pequena, vem aqui. A gente não morde, a não ser que você queira. - o sorriso dele aumentou.

Me fudi.