Você está provocando demais.

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Hajun

Voltei para o meu escritório, eufórica por ter um novo suspeito. Peguei minha pistola e a coloquei no coldre. Quando olhei para cima, vi os garotos me encarando com o queixo caído.

— O que aconteceu?

— Nada. O que você descobriu para ficar assim? — Hyunjin perguntou.

— Tem uma garota, ela foi vista com o corpo. — Fiz uma pausa, procurando meu distintivo. Quando o encontrei, pendurei no pescoço e continuei. — Chupando o sangue dele, e eu a conheço. Ela trabalha na sua boate. Ela é a garota que nos levou ao seu escritório.

— Eu me lembro dela. O nome dela não era Jennie? Ou algo assim. — Jisung tentou se lembrar do dia em que fomos interrogar Minho.

— Jennie? Ela é híbrida. O pai dela é meio lobo e a mãe é vampira. — Lee explicou. — O que você quer saber? Eu posso te ajudar. Você quer que eu vá com você, meu bem?

— Vai com ele, eu fico aqui olhando os arquivos e as câmeras com o Hyunjin.

— Vamos então. — Me despeço dos meninos e saio da sala com o Minho, indo em direção ao meu carro.

— Como você fez isso? — pergunto assim que ele entra e senta do meu lado.

— Isso o que? — Ele coloca o cinto de segurança e eu dou partida.

— Para não ser visto, você era para estar preso ali, mas ninguém te viu.

— Eu ainda sou meio bruxo, amor. — Mesmo não conseguindo ver o rosto dele, sei que ele tinha um sorriso travesso nos lábios. — Você disse que tinha umas tatuagens, onde elas estão? — ele pergunta do nada.

— Por que você quer saber disso agora e assim do nada? — olho para ele esperando o sinal abrir.

— Estou curioso. — Ele dá de ombros com o mesmo sorriso de antes de se aproximar do meu rosto. — Se não quiser responder, posso fazer uma mais fácil. — Ele olha para minha boca e eu faço o mesmo com ele.

— Tenho uma aranha na nuca, uma borboleta na cintura e mais duas nas costas, uma delas está lá embaixo... — a cada uma que eu mencionava eu me aproximava cada vez mais, e quando vi ele fechar os olhos, eu sorri e voltei a dirigir.

— Certo, e quais você tem nas costas? — ele diz, claramente abalado pelo quase beijo, mas fingia que não. — Não posso saber?

— Não. Você vai ter que descobrir. — é a minha vez de sorrir maliciosamente para ele.

Ele abre a boca em descrença e eu saio do carro, já que havíamos acabado de chegar. Quando ele sai, ele vai direto para o portão, abrindo-o e entrando no lugar que parecia vazio, sem funcionários. Olhamos um para o outro, surpresos com o silêncio, e eu mantenho minha mão na minha pistola pronta para tirá-la do coldre.

Ouço passos por todo lugar, mas não vemos ninguém, não parecia ter mais de três pessoas. Sorrio andando até o bar com tranquilidade, deixando minhas mãos livres, pulo o balcão e analiso as prateleiras cheias de bebidas. Pego um whisky e encho um shot bebendo de uma vez. Devolvo a garrafa ao local que eu tirei e olho pra frente vendo Minho me analisando sentado em um dos bancos.

— O senhor deseja beber alguma coisa? - faço um teatro, me fingindo de funcionária.

— Tem você no cardápio? - vejo os seus olhos ficarem castanho claros, claros até demais.

— Infelizmente não, senhor. - ainda ouvindo passos, como se estivessem tentando nos enganar, eu me apoio no balcão curvando meu corpo.

— Poxa... e teria algum tipo de sangue ou uma carne fresca? - ele também se inclina na minha direção, ótimo ele fisgou a isca.

Trindade DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora