Você é só uma ratinha.

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Hajun

— Chegaram cedo. - Changbin nos recebeu na delegacia as seis e trinta e três já que não conseguimos dormir depois de tudo aquilo.

— Longa história. - Jisung responde por nós dois e caminhamos até nossa sala nos sentando na mesa.

Depois que o Minho foi levado pra delegacia, Han tomou um banho e eu logo após ele. Nós até nos deitamos na cama mas não conseguimos dormir, então arrumamos o que precisava ser arrumado, tomamos um café carregado e depois nos arrumamos pra ir trabalhar, isso tudo em silêncio, Jisung não falou um "a" desde que a viatura foi embora.

— E então? Você está bravo comigo? - pergunto tomando meu décimo copo de café só essa manhã.

— Não, eu só tô pensando demais. E você como está? Essa cicatriz... doeu muito? - ele pergunta se levantando e vindo na minha direção tocando o pedaço da cicatriz, que eu tapava com um tapa-olho improvisado.

— Ah, na verdade eu nem senti. Eu estava com tanta raiva que... não percebi. - paro analisando minha própria frase, percebendo o quanto eu estou mentindo só hoje.

— Pode me contar, Jun. Sabe que eu estou aqui pra qualquer coisa.

— Não é nada, só me lembrei de um sonho estranho que eu tive e- - sou cortada com algum policial entrando na minha sala.

— Detetive Choi, o Minho quer conversar com você.

— Eu vou com você - Jisung disse indo pra porta sendo parado pelo policial.

— Ele especificou que só quer ela.

Jisung deu de ombros me olhando perguntando silenciosamente se estava tudo bem, e eu acenei que sim com a cabeça e segui o policial até a sala de interrogatório. Ele me deixou na sala e nos dei licença, eu caminhei lentamente até a cadeira de frente pro Lee, me sentei e cruzei os braços sorrindo de canto pra ele.

— O que deseja, senhor Lee?

— Eu gostaria de sair daqui, e se você quiser você pode morar comigo... e eu posso te contar qualquer coisa que você queira saber.

— Ah, eu passo. Mais alguma coisa, Minmin? - me inclino em sua direção fazendo bico.

— Claro, gostaria de explicar o que está acontecendo. - eu balanço a cabeça indicando pra ele continuar. — Bom, primeiramente, odiamos os vampiros. - me surpreendendo com sua fala, e ele notando isso ele me mostra seus olhos ficando castanhos muito claro quase um tom de amarelo — E eu sou o líder da minha alcateia, nós vimos que alguns corpos sem sangue estavam aparecendo por aí, e resolvemos nos divertir também. Só colocamos a culpa neles. - ele dá de ombros sorrindo convencido.

— Uau! E como isso aconteceu? Digo, porque vocês começaram a se odiar?

— Ah eu não lembro, faz bastante tempo. Acho que desde que a trindade foi quebrada internamente, e aí aconteceram muitas coisas que você não precisa saber.

— Trindade?

— É, a Trindade Drácula. Pergunta pros seus coleguinhas Hyunjin e Christopher, eles irão te responder.

— Como conhece eles?

— Sou primo do Felix, é óbvio que conheço o Christopher, e o Hyunjin veio de brinde. - deu de ombros mais uma vez. — Ah, eu acho melhor vocês irem logo, tem mais um assassinato marcado pra hoje. Ela deve estar entrando na minha boate agora.

— Qual das duas? 

— Não vou te entregar a comida mastigada, já tive o trabalho de fazer e colocar num prato pra você, agora você come sozinha, gatinha. - revirando os olhos eu saio da sala indo direto pra minha encontrando os meninos ali.

Trindade DráculaOnde histórias criam vida. Descubra agora