Mais um pelo meu atraso do último.
(Não revisadoOhana:
Já era segunda-feira, e eu estava atrasada para o estúdio. Desci as escadas praticamente correndo, tentando equilibrar o telefone no ombro enquanto falava com Arielle.Ohana: Amiga, eu sei, mas o ensaio de hoje vai ser insano. Aquele concerto é super exigente — disse, apressada, enquanto tentava lembrar se tinha pegado tudo.
Arielle ria do outro lado da linha. — Você sempre corre contra o relógio, Ohana. Algum dia vai acabar esquecendo a própria cabeça.
Antes que pudesse responder, ouvi Sam gritar da cozinha.
Sam: Ohana, você tá esquecendo sua garrafinha de água! — A voz dela ecoava pela casa.
Ohana: Ai, meu Deus, valeu, Sam! — gritei de volta, desligando rapidamente o telefone com Arielle. Corri de volta até a cozinha, pegando a garrafinha que Sam estava segurando, com um sorriso provocador no rosto.
Sam: Que seria de mim sem você, né? — brinquei, dando um beijo na bochecha dela antes de sair.
Ohana: Completamente desidratada — Sam respondeu, rindo. — Vai lá e arrasa hoje!
Assenti e corri para a porta da frente, onde meu motorista já estava me esperando. O carro estava parado, brilhando sob o sol da manhã. Não era sempre que eu o usava, mas hoje, por algum motivo, parecia o dia certo.
Entrei no carro, ajustando os óculos de sol enquanto tentava recuperar o fôlego. Minha mente estava a mil por hora.
Meu motorista me olhou pelo retrovisor.Motorista: Tudo certo, senhorita Ohana?
Ohana: Sim, pode ir — respondi, suspirando enquanto olhava pela janela. O trânsito de Nova York parecia tão caótico quanto os meus pensamentos.
Enquanto o carro se movia pela cidade, abri o celular e, por um instante, pensei em mandar uma mensagem para Larissa, mas algo me segurou. O que exatamente estava acontecendo entre nós? Talvez fosse melhor deixar as coisas fluírem naturalmente... ou talvez eu estivesse me enganando.
O dia seria longo, cheio de compromissos e responsabilidades no estúdio. Mas uma coisa era certa: minha mente continuaria voltando para Larissa, e eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que confrontar meus sentimentos.
Finalmente, depois de alguns minutos no trânsito, o carro parou em frente ao meu estúdio de dança. Era uma espécie de refúgio para mim, um lugar onde o tempo parecia parar e tudo que importava era o movimento e a música. Quando saí do carro, a brisa leve da manhã me fez relaxar um pouco, como se estivesse me preparando para o que o dia exigiria.
Entrei no estúdio e, de imediato, vi minhas alunas já se alongando. A disciplina delas sempre me impressionava. Muitas delas chegavam antes do horário para se preparar. O ambiente estava repleto de energia silenciosa, aquele tipo de foco que me dava orgulho de ser professora.
Enquanto caminhava até a frente da sala, dei uma olhada ao redor. As janelas grandes deixavam a luz do sol iluminar o espaço, refletindo nos espelhos e criando uma atmosfera leve. O som suave de música clássica ecoava, ajudando as meninas a se concentrarem nos movimentos.
Ohana: Bom dia, pessoal! — disse, projetando a voz para que todas me ouvissem. Elas me saudaram em uníssono, mas com o foco nos exercícios, como de costume. Era um grupo dedicado, e eu adorava isso nelas. A cada aula, sentia que podia puxar mais de cada uma.
Coloquei minha bolsa de lado e caminhei em direção ao centro da sala, observando seus movimentos com atenção.
Ohana: Lembrem-se de respirar fundo enquanto alongam. Isso vai ajudar a soltar a tensão dos músculos e evitar qualquer lesão, ok? — instruí, já me posicionando para demonstrar alguns movimentos.