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Renan já havia partido para o jantar com seu avô Ethan, insistindo para que Larissa fosse junto. Mas ela, cansada e exausta, decidiu que o melhor para sua sanidade era uma noite tranquila em casa. Ela mandou um beijo para o avô e se despediu de Renan, rumando para o estacionamento do prédio.O vento frio de 12°C cortava a noite em Manhattan, e Larissa ajustou o casaco, imersa em seus próprios pensamentos. Já na saída do prédio, enquanto caminhava em direção ao carro, sentiu um leve impacto em seu ombro. Foi tudo tão rápido que mal conseguiu reagir.
Larissa (irritada): Ei, cuidado!
Ela olhou para a pessoa e viu uma figura encapuzada, apressada, que tinha deixado uma bolsa cair ao esbarrar nela. Larissa tentou chamar a atenção da pessoa.
Larissa (em voz alta): Sua bolsa! Ei, espera!
Mas a pessoa, indiferente ou apressada demais, continuou andando rapidamente e logo atravessou a rua. Larissa franziu o cenho e virou-se para Herctus, que a acompanhava.
Larissa (determinada): Herctus, tenta alcançá-la. A bolsa caiu!
Herctus saiu em disparada, mas em questão de segundos, voltou com a bolsa nas mãos.
Herctus (se desculpando): Desculpe, senhorita Larissa. A pessoa entrou no carro antes que eu pudesse fazer algo.
Larissa suspirou, olhando para a bolsa. Pegou-a com uma das mãos, sentindo o peso e a qualidade do material.
Larissa (resignada): Tudo bem. Se ela trabalha aqui, vai voltar na segunda. Eu devolvo pessoalmente.
Ela segurou a bolsa com firmeza e entrou no carro, já imaginando que o mistério da bolsa não sairia da sua cabeça pelo resto do final de semana.
Larissa chegou em casa ainda com o peso da bolsa desconhecida na mente. Subiu direto para seu quarto, precisando urgentemente de um banho para relaxar. Após o banho quente e revigorante, ela vestiu um moletom confortável da Louis Vuitton e desceu para a sala. Precisava de uma boa dose do seu whisky para encerrar o dia.
Enquanto servia o líquido âmbar em um copo, seus olhos voltaram a se fixar na bolsa sobre a mesa. A curiosidade começava a ganhar espaço.
Larissa (murmurando para si mesma): Será que eu deveria abrir? Não... melhor não.
Ela deu um gole no whisky, tentando se distrair. Mas a bolsa continuava ali, encarando-a silenciosamente, como se a desafiasse. Larissa deu mais uma olhada. "Não faz mal dar só uma espiada, certo? Preciso saber de quem é", pensou, enquanto finalmente se rendia.
Devagar, abriu a bolsa novamente e foi mexendo nos pertences até encontrar a carteira. Quando puxou os documentos, seu coração disparou. Não podia ser verdade.
Larissa (incrédula): Porran, Ohana!
Ela disse o nome em voz alta, quase como se precisasse confirmar para si mesma. Entre tantas pessoas em Manhattan, tantas pessoas no prédio, tinha que ser a bolsa de Ohana. Justo ela. Larissa soltou um suspiro pesado e se jogou no sofá, segurando os documentos na mão.
Larissa (falando sozinha): É claro que seria dela... como se meu dia já não estivesse complicado o suficiente.
Tomando mais um gole de whisky, Larissa pensou em como devolver a bolsa sem transformar isso em mais um embate entre as duas.
Larissa sentia que precisava resolver aquilo de uma vez por todas. Não havia como esperar até segunda-feira com a bolsa de Ohana na sua casa. Aquilo a atormentaria o fim de semana inteiro. Com o celular em mãos, rapidamente pesquisou o endereço de Ohana no Google. Em poucos cliques, a localização da dançarina apareceu. O poder da internet nunca deixava de impressionar.