On:
Na manhã seguinte, Larissa Machado despertou com a primeira luz do amanhecer, seu estado de espírito já preparado para o dia à frente. Vestida com sua usual elegância calculada, ela desceu as escadas da mansão e saiu antes que Renan estivesse pronto para acompanhá-la.
Dirigindo-se ao escritório em seu Pagani, Larissa estava perdida em pensamentos sobre como usar as informações que conseguira sobre Ohana Lefundes. O trânsito matinal de Manhattan oferecia a Larissa um tempo para planejar suas próximas jogadas enquanto o horizonte da cidade passava rapidamente pela janela.
Ao chegar ao One Vanderbilt, Larissa atravessou o saguão do edifício com sua postura habitual de confiança, preparada para mais um dia de desafios. Ao dobrar a esquina em direção aos elevadores, porém, ela esbarrou em alguém que vinha na direção oposta com a mesma pressa.
Os documentos que a outra pessoa carregava voaram pelo ar, espalhando-se pelo chão do mármore polido.
Ohana: Cuidado por onde anda! - a voz de Ohana Lefundes cortou o ar, afiada como uma faca.
Larissa respirou fundo, seus olhos fixos nos de Ohana, reconhecendo-a instantaneamente. A frustração pela colisão foi substituída por um lampejo de satisfação ao perceber quem estava diante dela.
Larissa: Talvez você devesse segurar melhor seus papéis. Não sou eu quem está espalhando seu trabalho pelo chão.
Ohana cruzou os braços, o olhar de desafio igualando o de Larissa.
Ohana: E talvez você devesse prestar mais atenção aonde vai, em vez de se achar dona do lugar.
Larissa soltou uma risada seca, inclinando-se para apanhar um dos documentos caídos.
Larissa: Você realmente acha que esse prédio pertence a você? Sinto muito em te decepcionar, mas você ainda está no mundo real.
Ohana apertou os lábios, a tensão entre elas quase palpável.
Ohana: E você, Larissa, acha que ser uma Machado te dá passe livre para atropelar as pessoas?
O confronto, inesperado e elétrico, parecia ser apenas o início de uma rivalidade mais pessoal e complexa. Ambas se mantinham firmes, recusando-se a dar qualquer sinal de fraqueza.
Finalmente, Ohana abaixou-se para recolher seus papéis, e Larissa deu um passo para trás, observando-a com uma expressão que misturava curiosidade e desdém.
Larissa: Da próxima vez, tenha mais cuidado. Não quero ter que te dar uma lição logo de manhã cedo.
Ohana ergueu-se, segurando os papéis firmemente, sua expressão tão fria quanto a de Larissa.
Ohana: Não se preocupe. Da próxima vez, eu estarei preparada.
Com isso, Larissa se virou, indo em direção ao elevador, satisfeita por ter mantido sua postura inabalável. Porém, enquanto subia para seu escritório, não pôde deixar de refletir sobre o impacto que aquele breve confronto teve em seu dia. Ohana Lefundes era, de fato, uma oponente digna, e Larissa se viu inesperadamente animada pelo desafio que ela representava.
Sabia que, de alguma forma, esse não seria o último embate entre elas. E, de algum modo, Larissa estava ansiosa por isso.
Ohana Lefundes chegou ao seu andar ainda sentindo a adrenalina do breve encontro com Larissa Machado. Entrando no saguão da Lefundes Dancer, ela foi recebida por Marta, sua eficiente e sempre atenta secretária, que a aguardava atrás do balcão com um sorriso caloroso.
Ohana:
Marta: Bom dia, Ohana! Tudo certo?Ohana bufou, entregando a pilha de papéis amassados para Marta.
Ohana: Bom dia, Marta. Pode reorganizar isso para mim? A 'senhorita' Machado achou que eu precisava de uma nova decoração no chão do saguão.
Marta piscou, confusa, ao pegar os papéis.
Marta: Mas eu acabei de organizar isso para você há alguns minutos! O que aconteceu?
Ohana revirou os olhos, cruzando os braços.
Ohana: Esbarrei na arrogância em pessoa. Parece que a família Machado não conhece o conceito de olhar por onde anda.
Marta soltou uma risada breve, começando a reorganizar as páginas.
Marta: Ah, essas famílias de negócios... Sempre um drama. Vou cuidar disso rapidinho.
Ohana deu um suspiro profundo e se dirigiu para sua sala, tentando afastar o estresse do encontro. A vista panorâmica de Manhattan oferecia uma sensação de tranquilidade que ela tanto precisava. Sentou-se na cadeira, fechando os olhos por um momento, tentando recuperar o equilíbrio.
Logo, a porta se abriu suavemente, revelando sua melhor amiga, Arielle, que entrou com seu habitual ar despreocupado.
Arielle: Ei, ouvi dizer que você teve um começo de dia interessante. Quem é que já conseguiu tirar você do eixo a essa hora?
Ohana deu uma risadinha irônica, apontando para a cadeira à sua frente.
Ohana: Acredita que foi a Larissa Machado? A filha da mãe quase me derrubou junto com meus papéis lá no saguão.
Arielle se acomodou na cadeira, olhando para Ohana com um olhar divertido.
Arielle: Machado, hein? Essa é uma novidade. Como foi o confronto?
Ohana ergueu as sobrancelhas, tentando não parecer muito empolgada pelo embate.
Ohana: Ah, você sabe como é. Muitas faíscas, poucas desculpas. Ela é tão arrogante quanto dizem.
Arielle sorriu, inclinando-se para frente.
Arielle: Deve ter sido bem intenso, considerando o histórico entre suas famílias. E aí, qual é o plano? Vai deixar por isso mesmo ou está pensando em uma vingança criativa?
Ohana balançou a cabeça, meio a sério, meio brincando.
Ohana: Ainda não decidi. Parte de mim quer mostrar para ela quem realmente manda por aqui, mas a outra parte acha que devo usar isso a meu favor de alguma forma.
Arielle assentiu, sempre pronta para apoiar qualquer decisão de Ohana.
Arielle: Você sabe que eu estou aqui para o que precisar. Seja uma vingança ou uma trégua, você vai fazer o que é certo.
Ohana sorriu, grata por ter Arielle ao seu lado.
Ohana: Obrigada, Arielle. Não sei o que faria sem você por aqui.
As duas amigas conversaram mais um pouco, compartilhando histórias e rindo sobre o dia, enquanto Ohana começava a traçar mentalmente seus próximos passos. Ela sabia que o confronto com Larissa Machado tinha sido apenas o começo, e estava determinada a não deixar que isso a desestabilizasse. Em vez disso, Ohana estava pronta para transformar esse embate em uma oportunidade de mostrar quem realmente era.
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