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12 horas antes do memorial...

Depois da cena que ocorreu Snape me chamou e disse que tinha algo que era meu, minha madrinha foi chamada até lá, Dumbledore e Snape haviam descobrido que Barto tinha apagado minha memória duas vezes e que tinha guardado em um vidro na sala dele, quando a memória foi devolvida a mim o silêncio tomou conta da sala, e então eu lembrei, de tudo.

*Alerta abuso sexual*

Eu estava no baile, tinha batido a cabeça depois de ter bebido muito, o professor Moody me ajudou a me levantar e me levou até a sala dele para fazer um curativo na cabeça, eu estava sentada sobre a mesa dele em silêncio, observava a lua do lado de fora da janela, então ele retornou a sala, mas ele não tinha um kit de primeiro socorros na mão.

—— Professor? - o questionei vendo o mesmo trancar a porta.

—— Sabe,Selena,você é uma boa menina. - ele diz se virando e se aproximando de mim, desconfortável com a situação desci da mesa.

—— Acho melhor eu ir dormir, posso fazer eu mesma um curativo, mas mesmo assim eu obrigado pela ajuda professor. - digo caminhando até a porta, mas ela estava trancada, quando me virei para pedir para que ele abrisse ele estava parado em minha frente, com o rosto quase colado no meu, sentia o hálito de poção polisuco de longe, franzi as sombrancelha.

—— Quem é você? - sussurrei olhando assustada para o homem que sorrio e levou a mão até meu rosto me fazendo virar o rosto, mas ele o puxou de volta.

—— Sabe, você é esperta, como sua mãe, e também muito bela, como ela. - ele dizia acariciando meu rosto e senti lágrimas caírem pelo meu rosto.

—— Por favor. - sussurrei em desespero quando ele abaixou a mão tocando onde não devia, fechei os olhos,não conseguia olhar, mas eu sentia ele sorrindo, o homem não disse nada, com um movimento de varinha meu corpo paralisou, senti meu peito começar a subir e descer rápido, meu corpo estava tremendo. —— Eu te imploro, por favor, não. - implorei assim que vi o professor começar a desabotoar as calças. —— Não! Por Merlin, não faça isso comigo! Por favor! - gritei desesperada esperando que alguém ouvisse meus gritos e me tirasse dali o mais rápido possível.

Mas isso não aconteceu, eu senti ele se aproximar, tocar meu corpo, tirar meu vestido, beijar meu corpo, eu implorava, suplicava, em momento algum ousei abrir os olhos, eu não queria ver, não consegui olhar, meu corpo doía, minha cabeça queimava, eu sentia cada mão, cada maldita estocada, eu sentia tudo, minha garganta estava seca de tanto gritar, ele me machucava, puxava meus cabelos todas as vezes que eu dizia que ele estava me machucando, ele não se importou, de olhos fechados tudo que eu desejava era mata-lo, rasgar a garganta dele com as minhas próprias mãos, a dor era horrível, não tenho ideia de quanto tempo isso durou, e quando a tortura finalmente acabou, ele me deixou lá, jogada no chão, sangrando e chorando, um tempo depois ele retornou a sala, eu não tinha mais lágrimas para chorar, ele não disse uma única palavra, apenas me levantou do chão do qual havia me jogado a minutos atrás, ele puxou meu rosto com força e despejou um líquido na minha garganta, ele jogou o vidro longe e então apontou a varinha na minha cabeça, fechei os olhos pronta para morrer, eu queria morrer, eu merecia, mas então tudo ficou na branco.
—— Obliviate... - é tudo que escuto antes de apagar por completo.

(...)

Estava andando pelos corredores rumo a cozinha com Cassie pra buscar comida, quando o professor apareceu, o homem enfeitiçou Cassie e me puxou a força, desesperada gritei por ajuda, mas ninguém me ouvia, ele tampou minha boca com a mão, o que foi um erro, pois mordi sua mão e tentei correr, mas foi falho, ele me apagou com um simples feitiço, me lembro de estar na sala do professor, ele andava pela sala, olhei ao redor do lugar úmido, vi Cassie caída no chão apagada e amarrada, assim que ele se virou e me olhou fechei os olhos, fingindo estar dormindo, havia tido uma visão, uma coisa que nunca tinha visto antes, uma coisa que eu tinha que impedir, eu vi voldmort voltar, eu vi o meu Cedric ser morto, eu tinha que salva-lo, mas então ele parou em minha frente e apontou a varinha em minha cabeça, temi que ele me matasse, mas ele não o fez, mas ouvi sair de sua boca um feitiço.
—— Obliviate.. - e então tudo preto.

(...)

Sentada na cadeira da sala de Dumbledore eu desmoronei, como ele pode? O que eu havia feito de errado? Por que eu? Eu me sentia nojenta. Aquela merda não era justa, todos naquela sala sabiam, Dumbledore sabia, Snape sabia, Camille sabia. A mulher me abraçou, me abraçou tão forte como se eu estivesse a beira de cair de um penhasco, fiquei horas, horas sentada chorando na sala de Dumbledore com a morena abraçada em mim, quando a ficha finalmente caiu, eles me levaram pro dormitório, Dumbledore me deu um quarto apenas para mim, para que pudesse ter privacidade, passei a madrugada toda acordada olhando pra um ponto fixo do quarto, minha madrinha dormiu comigo, as horas passavam lentamente, era torturante, ouvi o despertador tocar avisando que era horário de acordar e ir comer, mas Dumbledore havia dito que seria feito um memorial em homenagem a Cedric, me sentia egoísta pois nas últimas horas tudo oque pensei foi sobre mim, nem mesmo tive tempo de vivenciar meu luto, eu só queria que isso tudo achasse, estava tão exausta, mas eu faria por ele, deixei um recado a Camille que ainda estava adormecida dizendo que iria ao memorial com a elite.

Meus amigos não questionaram meu sumiço, aliás meu namorado havia acabado de morrer, eles queriam me dar espaço e os agradeço por isso, chegando ao salão principal senti todos os olhares sobre mim, no começo pensei que fosse por eu ser a namorada do garoto que tinha acabado de morrer, mas eles cochichavam, parada no meio do salão Hermione saiu da multi de alunos com um papel em mãos, um papel cujo todos estavam segurando.

Abaixei o olhar pro papel e então senti minha garganta travar.

Selena Gilbert, a assassina de  colegas de classe.

A um ano atrás ouve um suposto acidente na escola, todos pensavam que o incêndio tinha começado por uma vela, até Audrey Scott, que era amiga da menina na época, confessar que sua ex-amiga, havia ateado fogo de propósito no quarto, a jovem afirma que Selena enganou a ela dizendo que eram bombas de fedor, mas na verdade eram bombas comuns, ela diz que tentou avisar que não era uma boa ideia, mas a menina não aceitou e queria vingança por ter sido humilhada por Tânya, Selena ainda olhou dentro do quarto antes de jogar as bombas, ela viu a Tanya lá dentro e mesmo assim jogou, "eu tentei dizer a ela que tínhamos que contar a alguém, mas ela não deixou, disse que era nosso segredo, que ninguém entenderia e que seríamos expulsas por aquilo", diz Audrey, ela já não batia bem da cabeça a muito tempo, mas nenhuma ação foi tomado. Selena é uma garota descontrolada e psicopata, ele não tem coração, ela é um monstro, quem sabe ela não matou o próprio namorado e aquilo foi tudo uma encenação, parece que temos uma cobrinha neste meio, não? - passei os olhos por cada palavra do maldito jornal feito, olhei para minha foto de alguns anos atrás cheia de milk shake.

Levantei a cabeça e olhei o rosto de cada um até encontrar quem eu queria, senti meu peito doer de tanta raiva, fechei a mão com ódio, larguei o papel no chão e marchei com sangue nos olhos na garota, ela me olhava sem reação, antes que ela pudesse reagir fechei a mão e dei um murro no rosto da menina, que com o impacto caiu no chão, ela tentou colocar a mão na frente do rosto para se defender, mas minha raiva falava tão forte, que fechei a mão e comecei a dar um soco atrás do outro, ela tentava me parar arranhando meu rosto, mas eu não dava a mínima, ela era uma mentirosa, uma traidora, como pode fazer isso comigo!? Não conseguia ouvir mais nada, tudo oque ouvia era um zumbido alto, os gritos totalmente abafados, minha mão doía, mas me recusava a parar de socar o rosto já roxo e cheio de sangue da menina, senti alguém me puxar pelos braços com força, tentei me soltar e pular nela de novo, eu queria mata-la, traidora, mentirosa, eu tinha acabado de passar pela pior coisa da minha vida e ela tinha coragem de espalhar esses malditos boatos falsos sobre mim! Ela contou tudo oque ela fez mas me colocou como a vilã, eu iria mata-la, vou matar as duas.

Levantei a cabeça e olhei o rosto de cada um até encontrar quem eu queria, senti meu peito doer de tanta raiva, fechei a mão com ódio, larguei o papel no chão e marchei com sangue nos olhos na garota, ela me olhava sem reação, antes que ela pudess...

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