Notas do Autor

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Olá, tudo bem? Me chamo Darcy. Essa é minha segunda fanfic que, sinceramente, não foi planejada e não tinha intenção de virar uma.

A história da Elisa se inicia no fim do capítulo 123 de "Soukoku - High School", mas caso não tenha vontade de ir até lá ler, vou deixar aqui embaixo.

Contará com 20 capítulos, tendo eles a média de 6.000 (seis mil) palavras. Vamos para o início.

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Era final de tarde, Elisa foi dispensada do quartel e Kensuke do trabalho. Ele estava com a câmera na bolsa, havia comprado novas lentes e estava testando. Tirou foto de árvores, bancos, cachorros, sapatos e de uma cafeteria antiga da cidade, a estética aconchegante era convidativa, ele adentrou no estabelecimento e, com seu francês mediano, pediu um café preto simples. Haviam poucas pessoas, mas ficaria lotado em pouco tempo considerando o horário, então, ele escolheu a mesa de canto, a perto da grande janela, queria tirar mais fotografias. Tirou algumas de si, outras do café, até algumas com o dono do estabelecimento, que viraria seu amigo de longa data. Lá, testando as lentes da câmera, na janela, ele acabou fotografando uma mulher, era deslumbrante. Usava suéter branco, gola alta e mangas largas, em contraste, uma mini saia de alfaiataria azul-escuro, mas também usava meia calça branca e salto agulha de mesma cor. Os fios estavam soltos, corte reto, sem franja, era cheio e pesado, estava parcialmente preso pelos óculos escuros que ela usava como tiara, evitando que qualquer fio caísse em seu rosto.

Era alta, os fios estavam acima de sua cintura, magra, seios médios, parecendo menores por conta de sua estatura, pernas fortes, bem desenvolvidas, assim como os braços e abdômen que ele não podia ver. Ele sequer podia compará-la com alguma outra mulher famosa, artistas, modelos, ninguém, aos olhos dele, chegava aos pés da francesa. Uma beleza muito acima da média, era um evento apenas por existir. Kensuke analisou a foto que tirou, estupefato, e logo ergueu a cabeça, buscando seguir a mulher com o olhar. Ela adentrou no café, o semblante sério se foi, dando lugar a um sorriso estupidamente cativante para a garçonete que entregava o café de Kensuke, cumprimentou também o dono do estabelecimento, que estava atrás do balcão. Fez seu pedido, "o de sempre", recordando em seguida que precisava do pedido para viagem, e sentou na mesa frente à Kensuke, que a observava. Elisa evitou o olhar que recebia do desconhecido, até tê-lo em sua mesa. Kensuke era alto como ela, mais magro, fios lisos na altura do ombro, sobrancelhas finas, lábios medianos com sorriso amigável, nariz e olhos grandes, escuros, mas brilhavam como os de uma criança alegre. Ele, sim, em partes, podia ser comparado com celebridades da época, Hideto Takarai, mais conhecido como Hyde, ou até mesmo Atsushi Sakurai, ambos na década de 90. Mas, francamente, para Elisa, naquele momento, Kensuke era a cópia perfeita de Etsushi Toyokawa. Usava roupas sociais, desde a camisa até os sapatos, a bolsa ainda estava na mesa junto ao café, mas ele ainda estava com a câmera nas mãos, nervoso. Ao ter o olhar da outra direcionado a si, ficou ainda mais ansioso, pareciam pequenas bolas de vidro de tão claras.

— Oi, meu nome é Kensuke. Kensuke Nakahara. — Disse o rapaz, o coração parecia querer sair pela boca. Elisa não se apresentou, e não se mostrou interessada em conversar. — Eu comprei lentes novas pra minha câmera e tirei algumas fotos, você saiu em uma sem querer. Ficou muito bonita. — Disse ele, se aproximando até estar ao lado da mulher, suas mãos tremiam um pouco pelo nervosismo, ele começou a passar as fotos que tirou até encontrar a de Elisa, ao estender a câmera para a mesma, quase caiu. A faixa de suporte da câmera estava em seu pescoço, e ele não se atentou antes de tentar mostrar para a outra. — Faixa estúpida. — Resmungou, em japonês, retirando-a do pescoço e estendendo para a outra. Elisa não olhou para a câmera, primeiro, observou o rosto do homem, estava vermelho, e ele parecia ter medo de encará-la. Então, a mais velha desceu o olhar, direcionando-o a câmera e checando a foto. De fato, era linda, mas, Kensuke continua sendo um homem desconhecido que tirou sua foto sem permissão. Tal qual aqueles que dão golpes em turistas. Ela queria que apagasse, mas, como os franceses costumam insistir por dinheiro pelas fotos que tiram, ela suspirou, pegando a bolsa que estava ao lado de seu quadril e tirou de lá algumas notas, questionando quanto queria pela foto. — Quanto eu... Eu não quero. Não vendo. Foi um acidente, quis mostrar pra você.

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