Capítulo V

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Eles aproveitaram até algumas horas da madrugada na praia, voltando ao apartamento e dormindo. Com o fim da viagem, o casal não tardou a encontrar um lugar em Paris que gostassem, uma mansão, era moderna, grande, e aos poucos eles começaram a reformar da maneira que gostavam. Muitos quartos, para Heloísa, Giselle, os dois filhos que queriam ter e até mesmo alguns de visita para que, caso os pais de Kensuke quisessem visitá-lo, teriam um bom lugar para descansar. Aos poucos a mansão ficou com a personalidade e gostos deles, a mobília era por Elisa, enquanto os quadros e fotos por Kensuke. Gostavam do ambiente, e estavam estudando sobre a complicação de ter um bebê. Fizeram acompanhamento no médico que informou que, se Elisa não tivesse logo uma criança, ficaria em risco. Não foi nada agradável, e Kensuke afirmou não haver problema, que haviam outras maneiras de tentar. Também se certificaram de manter os exames em dia, sem nenhuma infecção. Elisa perguntou mais algumas vezes se Kensuke estava certo a respeito de ter um filho, afinal, considerando que o rapaz estava com seus 23 anos, precisava ter certeza. Kensuke queria, sentia-se confortável com a ideia e não via problema algum, mas, também fez questão de perguntar se Elisa queria modificar o próprio corpo para uma criança que poderia apresentar riscos a sua saúde, ela deu certeza, embora não tivesse.

— Elisa, quero me casar com você. — Murmurou, se jogando no sofá, ao lado da garota que lia algumas revistas. — Não é um pedido oficial, mas quero que aconteça. Que me aceite para estar com você pelo resto de nossas vidas, e eternidade.

— Aceito. Farias de mim das pessoas mais felizes que já existiram. — Murmurou, fechando a revista. Apenas queria que o rapaz soubesse de sua certeza. — Quer que eu proponha? Digo, já pediu em namoro, penso ser justo que eu peça em casamento.

— Gosto da ideia de pedir. — Respondeu, e Elisa formou um bico nos lábios por um momento, parecia pensar. — O que há?

— Quero engravidar antes do final do ano. São nove meses, demorará. — Explicou, e Kensuke comentou sobre a garçonete da cafeteria estar grávida. — Fará um mês.

— Não se importa que seja antes ou após o casamento, certo? Mas não acha melhor que seja após? Embora eu desgoste incessantemente da sua família, não quero um murmúrio sequer sobre o que fazemos. — Explicou, e a garota afirmou que, considerando como a barriga demoraria um pouco para crescer, não havia mal em casar grávida. — Tem certeza?

— Tenho. — Concordou, e Kensuke cruzou os braços, pensativo enquanto encarava o teto. — Mas há algo que quero perguntar, considerando que é o mais experiente. — Dito isso, Kensuke voltou toda sua atenção para a garota, pedindo que perguntasse. — Acha que há alguma medicação que não faça doer tanto?

— Pelo que vi, fica meio anestesiada numa cesária, mas fica com uma cicatriz. — Explicou, e Elisa negou com a cabeça, não estava se referindo a isso. — Ah, por que medicação? Não vou machucá-la. — Respondeu, confuso sobre. Elisa suspirou, pensativa. — Está com medo?

— Não, está tudo bem. Aguento. — Afirmou, ela realmente estava pensando sobre a descrição de sua mãe a respeito. Sendo ou não dos maiores, o que Elisa também não sabe dizer o que é grande e o que é pequeno, sua mãe afirmava ser terrível. Quanto mais rápido fosse, melhor seria. — É rápido, certo?

— Depende. Lembra que eu disse uma vez que por serem diferentes, e pessoas serem muito diferentes, há variações de cores e tamanhos? Tempo também. Mas garotas demoram mais até onde lembro, e não é o processo inteiro que ficamos dentro. — Explicou, estendendo a mão para a garota que estava com a respiração tensa, encolhida no canto do sofá. — Ficará bem. Há outras formas, disse outras vezes, não disse?

— Marca-se um dia? Minha mãe disse que aconteceu logo que completou maioridade. — Explicou, e Kensuke afirmou que, como ele não namorava quando fez pela primeira vez, marcava-se um lugar. — Aqui, por favor.

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