Os dias seguintes foram um tanto turbulentos. Por um lado, foi difícil vivenciar o luto por Margot, aquilo mexia profundamente com os quatro irmãos que a consideravam uma segunda mãe. Por outro, as constantes invasões ao Era La Música e também a amnésia de Maite fizeram com que todos trabalhassem em torno dela.
O Natal chegou e todos decidiram, pela primeira vez, fazer uma grande festa na fazenda de Sebastian. Cada um tinha o seu motivo pra estar ali. A começar por Maite que de fato não lembrava de nada e o médico havia dito que conviver com pessoas que de alguma parte foram parte da sua vida poderia fazer com que ela se lembrasse de algo. Christian estava ali porque não deixaria a melhor amiga sozinha nas mãos do Ogro de Botas e ao mesmo tempo, seria a primeira vez que poderia passar a festividade com o namorado.
Já Sebastian, Daniel, Leo e Diego viram a necessidade de estarem jun tos em família no primeiro ano sem Margot.Borboletinha ainda perguntava pela senhora, mesmo eles explicando de um modo leve que ela teve que partir. Era sempre um assunto delicado pra tratar com uma garotinha de cinco anos.
Anahí e Poncho também deram o ar da graça. Embora se vissem imersos em um processo de guarda pelos gêmeos, acharam que os dias longe dos holofotes ajudariam a sair um pouco do foco da mídia. Além do mais, Maite era prima de Alfonso e ainda que não se entendessem tão bem, ele estava verdadeiramente preocupado com a prima. Quem gostou da história foi a Borboletinha, afinal ainda que fossem bebês, tinha mais duas crianças pra ela brincar pela casa.
Ainda que não se lembrasse de ninguém do presente, Maite ficou muito agradecida quando soube que Kiraz doou seu sangue raro pra ela. Acabaram se aproximando e Mai sentia-se tão bem perto da nova amiga que pediu que ela passasse o fim do ano com ela. A garota acabou topando pra alívio de Meli que não sabia mais o que inventar pra impedir que a prima voltasse pra Grécia. Yalin, o irmão de Kiraz, ainda estava causando problemas e sua tia não queria que a filha se preocupasse e largasse tudo pra voltar pra casa. Resumindo, as duas também estavam ali.
É claro que saber que Kiraz passaria as festas na fazenda mexeu profundamente com Daniel. Ele ainda tinha fresco na memória os beijos que trocaram no seu quarto e ao invés de lutar contra, optou por simplesmente deixar o barco correr. Se houvesse a oportunidade ele não deixaria de aproveitar, esse era um pequeno presente que se dava de Natal. O que aconteceria depois disso era outra coisa.
Já Dulce, por sua vez, decidiu passar na fazenda porque estava preocupada com Mai. Além do mais essa era uma ótima forma de fugir de Christopher que andava a perseguindo por todos os lados. Por falar nele, ninguém mais estava tão feliz pela escolha de Dulce de viajar pro interior do que ele. Já tinha tudo planejado e dessa vez, ela não teria como fugir com medo dos próprios sentimentos.
Maite era a única que estava ali de certa forma por livre e espontânea pressão. Por um lado, passar o Natal com Sebastian foi algo que ela sempre quis, passou muito tempo imaginando esse momento, mas isso nunca aconteceu. E agora que via a chance de um sonho seu se realizar achava tudo muito estranho. Primeiro porque não lembrava de nada e a assustava não saber o que aconteceu em 10 anos da sua vida. E segundo, bem, ela não sabia o que, mas algo estava mudado dentro dela. Ela enxergava Sebastian de um jeito diferente, não sabia explicar. Não é como se o rejeitasse, mas seu coração apenas... parecia não mais querer sair do peito quando via sua paixão paltônica, então é fato de que algo havia acontecido.
- Você está montando tudo errado, não é assim que se faz!
- Hey tira as mãos daí, ninguém toca nas minhas bolas!
- Diego olha a boca, a menina!
Daniel chamou a atenção do irmão que discutia com Meli no meio da sala de estar. Ambos estavam montando a árvore de Natal com Borboletinha junto, mas eles pareciam não ter noção nenhuma da presença da menina.
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O Jardim das Borboletas
De TodoO que afinal as borboletas significam? Pra algumas culturas antigas elas representavam as mensageiras dos deuses. Já para os indígenas americanos, as borboletas significavam esperança e de renovação espiritual. Por outro lado a mitologia grega dizia...