Após horas navegando sob o sol, Pri e Carol finalmente decidiram que era hora de voltar para a casa de praia onde as meninas estavam. A animação das risadas e das músicas que Gabi havia colocado na playlist já ecoava pela casa. As ondas pareciam dançar em ritmo da música, e o clima leve deixava tudo ainda mais perfeito.
As meninas estavam se divertindo, dançando e cantando as letras em coro. Gabi, sempre a animadora do grupo, havia escolhido uma seleção de músicas que fazia todo mundo vibrar. No entanto, quando uma balada romântica começou a tocar, o ambiente mudou. O som suave e envolvente fez com que os olhares se voltassem para um momento mais íntimo.
Enquanto todos se deixavam levar pela melodia, meus olhos automaticamente foram parar em Carol. Ela estava ali, com um brilho especial no olhar, mas logo percebi que ela desviou o olhar rapidamente, suas bochechas coradas denunciando seu constrangimento. Era como se a música tivesse criado uma bolha ao nosso redor, um espaço onde só nós dois existíamos por alguns segundos.
Sem pensar muito, decidi seguir Carol quando ela se afastou da sala, entrando na casa de praia com um passo apressado. A curiosidade me impulsionou a ir atrás dela. Ao entrar na casa, encontrei-a parada na cozinha, tentando parecer ocupada enquanto mexia em algumas coisas.
"Ei," eu disse suavemente, tentando quebrar o gelo. "Você não precisa ficar nervosa por causa da música."
Ela virou-se para mim, os olhos ainda brilhando com um misto de confusão e um sorriso tímido nos lábios. "Não estou nervosa," respondeu ela rapidamente, mas a maneira como seu rosto se iluminou ao me ver dizia o contrário.
"Claro que não," brinquei, aproximando-me um pouco mais. "Só estou aqui para garantir que você não fique sozinha enquanto todos lá fora estão se divertindo."
Carol respirou fundo e finalmente sorriu de verdade. "Obrigada… É só que às vezes eu me sinto estranha com essas músicas românticas."
"Por quê? Elas são lindas!" assegurei-lhe. "E quem sabe? Pode ser que elas tragam boas surpresas."
Ela riu baixinho e olhou novamente para baixo, ainda corada. "Talvez…"
O clima entre nós estava mudando lentamente; as palavras começaram a fluir como as ondas do mar lá fora.
