Priscila estava do lado de fora da festa observando as folhas dançarem ao vento. Seu coração pulsava em um ritmo acelerado, e a breve conversa que teve com Carolana ecoava em sua mente. Ela sabia que precisava ser honesta, mas também não queria causar dor a ninguém.
Quando Carolana chegou, Priscila sentiu uma mistura de alegria e ansiedade. Elas trocaram olhares cúmplices, mas Priscila sabia que precisava colocar tudo em pratos limpos.
"Carolana," começou Priscila, hesitante. "Eu... eu preciso te contar uma coisa."
Carolana a encarou, com uma expressão de expectativa. "O que foi, Pri?"
"Eu quero você," confessou Priscila, a voz tremendo. "Mas não enquanto você estiver casada. Não podemos machucar a Anne."
As palavras pairaram no ar entre elas. Carolana desviou o olhar, claramente abalada. "Eu também quero você, Pri. Mas você sabe que isso é complicado..."
Priscila assentiu, sentindo o peso da situação. "Eu me importo demais com você e com Anne para fazer algo que possa machucar ela. Não posso ser a causa da dor dela."
As duas se encararam em um silêncio carregado de emoções não ditas. Priscila sabia que estava fazendo a escolha certa, mas seu coração doía com a decisão.
"Precisamos encontrar um jeito de lidar com isso," disse Carolana finalmente, a voz baixa. "Não quero perder você, mas também não posso ser egoísta."
"Vamos dar um passo atrás," sugeriu Priscila, tentando manter a compostura. "Vamos nos apoiar como amigas e ver onde isso nos leva."
Ambas sabiam que era uma decisão difícil, mas era o melhor caminho para proteger todos os envolvidos.
