Hoje era um dia especial e ao mesmo tempo triste. Carol estava prestes a voltar para a Itália, e Pri tentava ser forte, mas sabia que tanto ela quanto Laura sentiriam saudades imensas. Enquanto observava Carol dormir ao lado da filha, uma onda de amor e gratidão a envolveu. Pri sorriu ao pensar em como a vida delas tinha mudado desde que Carol entrou em suas vidas.
Com muito cuidado, Pri colocou Laura de volta em seu berço, admirando o rostinho sereno da pequena. O sol começava a entrar pela janela, iluminando o quarto com um brilho suave. Pri voltou para a cama e, com carinho, deu alguns beijos em Carol. Ao acordar, Carol sorriu de forma manhosa, fazendo Pri rir baixinho.
“Bom dia, dorminhoca!” Pri disse, tentando esconder a tristeza que começava a se formar em seu coração.
“Bom dia! Você me acordou com seus beijos?” Carol respondeu com um olhar brincalhão. “Você sabe que eu sou uma campeã em dormir!”
“E eu sou uma campeã em te amar,” Pri retrucou, segurando a mão de Carol. “Mas precisamos conversar sobre hoje…”
Carol suspirou levemente. “Eu sei… E eu vou sentir falta de vocês duas.”
Pri apertou a mão de Carol, tentando transmitir força através do toque. “Vamos fazer isso juntas. A distância não vai nos separar.”
As duas se entreolharam por um momento que parecia eterno, antes de Pri levantar e começar a preparar o café da manhã.
Enquanto Pri se movia pela cozinha, o aroma do café fresco se misturava ao cheiro do pão tostado, criando um ambiente acolhedor que contrastava com a tristeza da despedida. Carol, ainda deitada, começou a se espreguiçar e a rir da bagunça que as cobertas tinham feito em seu cabelo.
“Olha só essa cabeleira! Parece que eu passei a noite lutando com um polvo!” Carol brincou, levantando-se e passando os dedos pelos fios desgrenhados.
Pri virou-se e não conseguiu conter uma risada. “Um polvo estiloso! Acho que você poderia lançar uma tendência nova por aí.”
“Com certeza! ‘O look do polvo’ vai bombar na Itália,” Carol respondeu, piscando para Pri enquanto se levantava da cama.
Quando o café da manhã ficou pronto, as três se reuniram à mesa. Laura acordou com o barulho e começou a balbuciar de felicidade ao ver a mãe. Pri colocou a pequena em seu colo e, juntas, as duas começaram a fazer caretas para Carol, que não conseguia parar de rir.
“Vocês estão formando um time imbatível!” disse Carol, com os olhos brilhando. “Quero ver quem vai conseguir fazer mais caretas quando eu voltar!”
Laura parecia entender e começou a fazer suas próprias caretas, fazendo todos rirem ainda mais. O clima leve ajudou Pri a esquecer por alguns instantes a saudade que já começava a apertar seu peito.
Depois do café da manhã, Pri sugeriu uma ideia: “Vamos tirar algumas fotos para você levar consigo! Assim, sempre que sentir saudades, pode olhar para elas!”
Carol adorou a ideia e logo as três estavam posando de maneiras engraçadas e carinhosas. Entre risadas e abraços apertados, Pri registrou cada momento especial. Ela sabia que aquelas fotos seriam um lembrete constante do amor que compartilhavam.
Quando finalmente chegou a hora de se despedir, Pri sentiu um nó na garganta. Elas estavam no hall da entrada e Carol segurava sua mala enquanto Laura estava nos braços de Pri.
“Prometa que vai me mandar notícias todos os dias!” Pri pediu com um sorriso forçado.
“Prometo! E vou enviar muitas fotos da Itália para vocês verem como é lindo por lá,” Carol respondeu, segurando o rosto de Pri entre as mãos. “Eu amo vocês mais do que posso expressar.”
As duas se abraçaram forte, sentindo a conexão intensa entre elas. Laura fez uma pequena cócega em Carol com suas mãozinhas, fazendo todos rirem novamente.
“E aí está o nosso pequeno raio de sol! Vou sentir falta dela também,” Carol disse olhando para Laura.
“Então vamos fazer isso juntas até sua volta,” Pri afirmou com determinação. “A distância é só física; nosso amor sempre estará aqui.”
Por fim, Carol acenou enquanto saía, levando consigo não apenas suas malas, mas também o amor e as memórias que construíram juntas. E enquanto Pri fechava a porta atrás dela, sentiu uma mistura de tristeza e esperança.
