no ritmo da insegurança

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Priscila, já um pouco alterada pelo álcool, não conseguia tirar os olhos de Carol e Anne, que dançavam juntas em um canto da pista. O jeito como elas se moviam, riam e se divertiam só aumentava o ciúme que Priscila sentia.

Ela decidiu que precisava fazer algo para chamar a atenção de Carol. Com a coragem que o drink trouxe, Priscila olhou e viu Plak, que sempre demonstrou interesse por ela. Sem pensar muito, Priscila se aproximou dela com um sorriso travesso.

— Vamos dar uma animada nessa festa? — disse ela, puxando Plak para dançar. Ela sorriu, aceitando o convite.

Enquanto dançavam, Priscila sentia os olhares de Carol sobre ela. A música pulsava e a confiança dela aumentava a cada batida. Tomada por uma onda de impulsividade, Priscila puxou Plak para mais perto e a beijou. Era um beijo intenso, mas em sua mente, quem realmente queria beijar era Carol.

Carol observava tudo de longe, seu coração apertando ao ver Priscila com Plak. Uma mistura de confusão e dor surgia dentro dela. Era como se uma parte dela quisesse correr até Priscila e interromper aquele momento, enquanto outra parte a fazia hesitar.

Anne percebeu a mudança no comportamento de Carol e se virou para ela. — Você está bem? — perguntou com preocupação.

— Não sei... — respondeu Carol, sem desviar o olhar de Priscila e Plak. — Eu só... não esperava isso.

A música continuava a tocar enquanto Priscila se entregava ao beijo, mas no fundo ela sabia que estava fazendo aquilo por causa do ciúme. Quando finalmente se afastou de Plak, sentiu um vazio ao perceber que não era aquilo que realmente desejava.

Carol decidiu que precisava agir. Ela caminhou em direção à pista de dança, seu coração batendo forte. A tensão no ar era palpável quando ela chegou perto de Priscila.

— O que você está fazendo? — perguntou Carol, com um olhar intenso.

Priscila se virou para encarar Carol, a adrenalina correndo nas veias. O clima entre elas estava carregado; palavras não ditas pairavam no ar enquanto todos ao redor dançavam como se nada estivesse acontecendo.

O que aconteceria agora? A noite estava longe de acabar e as emoções estavam à flor da pele.

DarolanaOnde histórias criam vida. Descubra agora