Speaking of Swans

Wintertime at the tower

Nós moramos em uma torre secreta em algum lugar em The Lantern Waste, meus irmãos, minha irmã e eu.

Peter e eu temos que dar aulas para os mais novos agora.

Todas as manhãs ensinamos-lhes leitura, aritmética, ciências e história.

Eles nem sempre aceitam bem nossos ensinamentos;

Eles preferem subir e descer as escadas da torre em dias chuvosos e pescar trutas arco-íris no riacho em dias ensolarados.

Lucy quer aprender e anseia pela aprovação de Peter (que ela obtém automaticamente de qualquer maneira) para que possamos domesticá-la até certo ponto.

Edmund é um pouco mais duro; ele é mais rebelde que Lu.

Não acho que nenhuma de suas pequenas crises de agressividade tenha origem no que Jadis fez com ele — ele não tem mais aquele olhar —, mas é frustrante do mesmo jeito.

Quando não estamos ensinando os mais novos ou nos certificando de que eles não se perderam ou se afogaram acidentalmente, nós dois, os mais velhos, ainda temos muito trabalho a fazer.

Embora tenhamos todos os luxos que poderíamos sonhar;

- cobertores de veludo, lençóis de cetim, fitas rendadas de todas as cores do arco-íris, brinquedos e outros objetos curiosos feitos de ouro maciço e da mais pura prata, e muito mais do que isso-

há uma coisa que não temos mais.

Servos.

Não há ninguém para limpar nossas roupas depois que suamos nelas.

Não há ninguém para engraxar nossos sapatos.

Não há ninguém para consertar as lágrimas no avental de Lucy depois que ela passou o dia todo subindo em árvores.

Há comida suficiente, mas não há ninguém para cozinhá-la para nós.

E à medida que os dias passam e não parece haver qualquer probabilidade de o pai chegar com uma criada pessoal para nós,

Peter e eu não temos outra escolha a não ser cuidar das tarefas nós mesmos.

Pelo menos, apesar de tudo, estamos seguros, Peter me lembra alegremente sempre que pareço um pouco desgastado.

Eu quero acreditar nele.

Eu realmente, realmente quero.

Mas de alguma forma não consigo me livrar da sensação de que não estamos tão seguros quanto pensamos.

Ou se formos, que não vai durar.

Quando um exausto, de coração partido e rosto pálido, o Rei Frank chegou de volta a Cair Paravel com quatro cavalos e nenhum outro cavaleiro em seu grupo após estar desaparecido por mais de um dia e meio, seus servos pararam o que estavam fazendo para olhar boquiabertos para o bravo homem com admiração mistificada. Eles entenderam que o que quer que ele estivesse fazendo era para resgatar seus quatro lindos filhos da bruxa.

Seu cavalariço escovou os cavalos e olhou para o rei cansado com uma expressão de completo espanto. Que tipo de pai maravilhoso era esse? Um tão corajoso que arriscaria a ira de uma feiticeira maligna para proteger aqueles que amava. Sim, Aslan tinha escolhido bem, esse era exatamente o tipo de homem que deveria governar os narnianos; se ele não tivesse perdido Helena e ganhado Jadis, a terra poderia estar em seu pico dourado de perfeição.