𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟖

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CLARA BEATRIZ
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Assim que cheguei em casa, encontrei Vitória deitada no sofá, mexendo no celular com aquele sorriso descontraído de quem está aproveitando o dia de folga. Quando me viu, se levantou rapidamente, curiosa.

— E aí, como foi a reunião? — perguntou, já sabendo que Abel havia me chamado.

Me joguei na poltrona, soltando um longo suspiro antes de responder.

— Vou pra Porto Alegre com o time. Vai ter jogo lá, e parece que vamos passar uns dias por lá. Nada oficial, mas talvez a gente saia à noite ou algo assim...

Os olhos de Vitória se iluminaram instantaneamente.

— Eita, que chique! Então você vai ter que fazer uma mala cheia de looks para arrasar. Vem, vamos escolher!

— É, né... Vou precisar de ajuda mesmo — admiti, rindo enquanto a seguia até o quarto.

Vitória abriu meu armário com toda a disposição do mundo, já vasculhando as opções de roupas enquanto eu sentava na cama, observando.

— Ok, primeiro... Você vai precisar de algo confortável para a viagem. Avião não é lugar para ficar toda montada, mas também não dá pra ir de qualquer jeito, né? — Ela me olhou com aquele ar de especialista em moda.

— Concordo. Preciso de algo que seja confortável e apresentável — falei, me levantando para pegar uma calça de tecido leve e uma blusa básica. — Talvez isso?

Ela olhou a combinação por alguns segundos, antes de assentir.

— Perfeito! Agora, para o dia do jogo... Você vai estar com eles, então precisa de algo que diga "profissional", mas que também não te faça desaparecer no meio dos jogadores. — Ela começou a revirar o armário novamente, pegando algumas opções de calças e blazers mais descontraídos.

— Verdade. Não posso parecer só mais uma no time... — murmurei, observando as opções que ela me mostrava.

— Exato. E como vocês vão ficar mais uns dias, e talvez rolem umas saídas à noite, vamos caprichar nesses looks também. — Ela puxou um vestido preto curto, que eu adorava, mas que raramente usava. — Esse aqui... É perfeito para uma saída noturna. Define suas curvas de um jeito chique, mas sem exageros.

— Ok, pode ser... — Peguei o vestido, passando os dedos pelo tecido macio. — Só espero que eu tenha vontade de sair pra algum lugar.

— Ah, vai ter sim. Ainda mais com esse vestido — Vitória piscou, jogando mais umas peças na mala. — Além disso, você vai estar lá com... bom, você sabe. Richard também vai, né?

Revirei os olhos, embora um sorriso estivesse se formando.

— Claro que vai, né. E os meninos já começaram as gracinhas, falando que Abel vai me colocar sentada ao lado dele no avião.

Vitória riu alto, quase caindo de tanto rir.

— Imagina! Eu sei que adoram ver você e ele juntos.

— Ai, nem me fala... — Suspirei. — A tensão é enorme, Vi, mas ao mesmo tempo, a convivência acaba acontecendo. Não tem muito o que fazer.

Ela me olhou com um sorriso travesso.

— Sabe que isso só vai aumentar, né? Uns dias juntos em Porto Alegre, com jogo, saídas... Vai ser difícil segurar essa tensão.

— Ah, não coloca mais pressão, por favor — implorei, jogando uma camiseta em cima dela.

— Relaxa, vai ser tranquilo. Agora vamos focar em terminar essa mala e te deixar pronta pra arrasar, seja no campo ou fora dele — disse, voltando a pegar mais algumas peças de roupas para que eu levasse.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐃𝐄𝐒 - Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora