𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟑

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CLARA BEATRIZ
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Chegamos ao local da festa, e assim que o Uber parou, Endrick já estava saindo do carro todo animado, como se fosse o rei da noite. Veiga não ficou muito atrás, se inclinando para sair logo em seguida. Eu estava prestes a abrir a porta do meu lado, mas antes que pudesse fazer isso, Richard já estava lá, abrindo a porta para mim.

— Deixa que eu te ajudo. — Ele falou, estendendo a mão para mim.

Por um instante, hesitei, mas logo segurei a mão dele, sentindo o toque firme e quente dos seus dedos contra os meus. Havia algo diferente naquele simples gesto, algo que me fez sentir um frio na barriga. Nossos olhares se cruzaram por um segundo enquanto eu saía do carro, e o mundo pareceu parar brevemente ao redor.

— Obrigada. — Sussurrei, me equilibrando nos saltos.

Antes que pudéssemos nos afastar, já dava para ouvir as risadinhas de Endrick e Veiga.

— Olha só... pegando na mão dela assim, tão gentil, hein, Richard? — Endrick provocou, cruzando os braços e piscando para Veiga.

— É, tá parecendo um cavalheiro demais hoje, Richard. — Veiga entrou na brincadeira, dando uma leve cotovelada no amigo.

Richard balançou a cabeça, soltando um riso baixo, enquanto mantinha sua expressão séria.

— E vocês podiam cuidar das suas próprias vidas, né? — Ele respondeu, com uma ponta de sarcasmo, mas sem soltar a minha mão ainda.

Eu entrei na brincadeira também, soltando uma risada.

— Exatamente, garotos. Vocês tão com muito tempo livre, hein?

Endrick fez uma cara de falsa inocência.

— Ué, só estamos fazendo um comentário. Nada demais.

Richard soltou minha mão, finalmente, e empurrou de leve o ombro de Endrick.

— Cala a boca, moleque.

As risadas continuaram enquanto entrávamos na festa. O local já estava cheio, com música alta tocando e luzes coloridas iluminando todo o espaço. O clima estava animado, e dava para ver vários dos jogadores já espalhados pelo ambiente, conversando em grupos.

— Vamos encontrar o resto do pessoal. — Veiga sugeriu, já apontando para uma mesa onde alguns dos outros jogadores estavam reunidos.

Seguimos até lá, trocando cumprimentos e piadas leves. O ambiente era descontraído, e era fácil esquecer qualquer tensão do lado de fora. Enquanto eu, Richard, Endrick e Piquerez ficávamos mais próximos da entrada, Veiga estava de olho no movimento ao nosso redor, observando as pessoas que iam e vinham.

De repente, Veiga me cutucou, inclinando-se para falar perto de mim por causa da música alta.

— Acho que tem alguém te encarando. — Ele disse, com aquele tom provocativo que só ele conseguia fazer.

Eu franzi o cenho, rindo.

— Para, você tá viajando. Não tem ninguém me olhando.

— Claro que tem! — Ele insistiu, apontando com a cabeça disfarçadamente para o canto da pista de dança. — Aquele cara ali, ó. Não para de te olhar desde que a gente entrou.

Instintivamente, olhei para o lugar que ele indicava, mas não consegui ver nada de especial. Richard, que estava ao meu lado, parecia ter notado a conversa e já estava atento à direção que Veiga tinha apontado. A expressão dele mudou sutilmente, mas era suficiente para eu perceber que algo o incomodava.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐃𝐄𝐒 - Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora