𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟓

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CLARA BEATRIZ
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O ritmo da festa já começava a desacelerar. Muitos já tinham ido embora, enquanto os mais resistentes se espalhavam em pequenos grupos, conversando e rindo. Eu observava tudo ao redor, sentindo uma leve euforia que ainda pulsava no meu peito. Richard estava do meu lado, em silêncio, mas com uma presença forte, como sempre.

Endrick e Gabriely riam juntos, de alguma piada interna que não entendi, e logo Dudu e Piquerez se aproximaram.

— Bora, galera? — Piquerez sugeriu, esticando os braços, como se precisasse de uma boa espreguiçada depois de tantas horas em pé.

Dudu balançou a cabeça, concordando.

— Já deu, né? Amanhã a gente descansa, mas a semana promete.

— Vai ser intensa — comentei, meio que para mim mesma, mas Richard ouviu e assentiu ao meu lado.

Endrick, claro, sempre com aquele jeito leve, olhou para mim e Richard com um sorriso cheio de malícia.

— Clara, você quer uma carona? — ele perguntou, levantando a sobrancelha, claramente provocando.

Eu não pude evitar a risada. Ele sabia que Richard estava bem do meu lado, então a pergunta tinha um claro tom de brincadeira.

— Endrick... — Gabriely riu, empurrando ele de leve com o ombro. — Para de graça!

— Ué, tô só oferecendo ajuda — ele ergueu as mãos, fingindo inocência, mas os olhos brilhavam de diversão.

Richard, ao meu lado, virou para ele com um sorriso de canto, mas com uma firmeza na voz que não deixou espaço para dúvidas.

— Ela vai comigo, Endrick.

Eu segurei o riso, olhando para o chão, antes de erguer a cabeça e responder também.

— Valeu pela oferta, Endrick, mas vou aceitar a carona do Richard.

— Cuida bem dele, Gabi! — brinquei, rindo para ela, que assentiu com um sorriso.

— Sempre! — Gabriely respondeu, piscando para mim e bagunçou o cabelo dele.

Nos despedimos de Dudu e Piquerez, que já estavam se dirigindo ao carro. O clima era leve, descontraído, até que, no meio do nosso grupo, eu notei Yuri se aproximando de novo. Ele sempre aparecia de forma quase sorrateira, como se soubesse exatamente o momento certo para interromper. E, como da outra vez, aquele sorriso confiante estava lá.

— Clara, foi bom te ver hoje — ele disse, e o tom da sua voz deixava claro que ele não estava apenas sendo educado. — Quem sabe a gente se esbarra mais vezes, né?

Eu sorri, meio sem graça, sentindo a tensão aumentar ao meu redor. Richard estava logo ao meu lado, e eu sabia que ele estava prestando atenção em cada palavra. O jeito como ele me olhava de soslaio, o maxilar travado, só aumentava a tensão no ar.

— A gente se vê por aí, Yuri — respondi com um tom leve, tentando não alimentar mais o momento.

Yuri me lançou um último olhar antes de dar uma risadinha e se afastar. Assim que ele virou as costas, Richard soltou um suspiro discreto, mas carregado de algo que não era alívio.

— Vamos? — perguntei, quebrando o silêncio entre nós dois.

Ele apenas assentiu e começou a caminhar em direção à saída, e eu o segui. Do lado de fora, o ar fresco da noite nos envolveu, e Piquerez e Dudu já estavam entrando no carro. Dudu acenou para nós, com aquele jeito tranquilo de sempre.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐃𝐄𝐒 - Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora