𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟒

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CLARA BEATRIZ
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A festa ainda estava animada, mas o cansaço começava a pesar depois de tanta dança e risadas. Aos poucos, o grupo decidiu que era hora de voltar para o hotel. Caminhamos até o ponto de encontro onde os carros iriam chegar, e eu me encostei no ombro de Endrick, exausta.

— Cansada, Clara? — Ele perguntou, rindo enquanto me empurrava leve de lado.

— Você acha? — Respondi, soltando uma risada curta. — Eu dancei mais do que deveria.

Richard estava ao meu lado, ainda com a expressão relaxada, mas eu sentia que ele me observava de vez em quando. Havia uma leveza no ar, algo diferente depois de tudo o que havíamos passado na festa. Quando o Uber chegou, Richard abriu a porta para mim.

Senti um calor subir pelo meu corpo ao toque dele, mas tentei não demonstrar. Quando entrei, Endrick e Veiga, que já estavam no carro, trocaram olhares e não perderam a oportunidade de fazer uma piada.

— Nossa, Clara, o Richard tá um cavalheiro hoje, hein? — Veiga brincou, olhando pelo retrovisor.

Richard apenas sorriu, dando de ombros.

— Só faço isso pra quem merece. — Ele respondeu, e embora a frase fosse brincalhona, senti algo a mais em seu tom.

Eu me ajeitei no banco e Richard se acomodou ao meu lado. O carro partiu, e conforme a cidade passava pela janela, senti o cansaço me puxando para o sono. Mas algo na proximidade de Richard, o jeito como seu braço roçava levemente no meu, me mantinha acordada. Às vezes, ele olhava para mim de soslaio, e nossos olhares se encontravam, mas nenhum de nós falava.
Endrick e Veiga ainda trocavam piadas, o que ajudava a quebrar qualquer tensão.

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Depois de alguns minutos, finalmente chegamos ao hotel.

— Eu vou direto pra cama. — Endrick disse, saltando do carro como se ainda tivesse energia de sobra.

— Eu também não tô muito longe disso. — Veiga concordou, rindo.

Subimos para os quartos e, ao entrar, senti o alívio imediato do ambiente familiar. Endrick já se jogou na cama como se estivesse morto, e eu aproveitei para pegar meu pijama.

— Eu vou me trocar primeiro. — Disse, indo em direção ao banheiro.

— Vai lá, a gente espera. — Richard respondeu, tirando os sapatos e se ajeitando em sua própria cama.

Ao sair do banheiro, vi que os dois já estavam praticamente prontos para dormir. Richard estava deitado, mexendo no celular, e Endrick já roncava levemente, o que me fez rir.

— Você não vai dormir? — Perguntei a Richard, enquanto pegava uma água.

Ele olhou para mim e sorriu de canto.

— Só terminando de ver umas coisas aqui. Mas pode ir apagando a luz, eu tô de boa.

Eu apaguei as luzes e me deitei, sentindo o cansaço tomar conta de mim quase que instantaneamente. Não demorou muito para que eu caísse no sono, o som suave da respiração de Endrick e Richard criando um ambiente tranquilo.

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A luz da manhã atravessava as cortinas do quarto, e o som do alarme de Endrick tocando me arrancou do sono. Abri os olhos lentamente, sentindo o corpo pesado da noite anterior.

— Desliga isso, pelo amor de Deus! — Richard resmungou, cobrindo o rosto com o travesseiro.

Endrick, sem a menor pressa, desligou o alarme com um tapa exagerado no celular e se espreguiçou preguiçosamente.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐃𝐄𝐒 - Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora