Lexie é o tipo certo de garota errada. A vida é um desafio: a máquina de lavar está sempre quebrando, os vizinhos não são dos melhores e sua conta bancária vive no vermelho!
Recém-formada em design gráfico e tentando sobreviver em tempos de...
Eu ouvi que tinha alguém, mas eu sei que ele não te merece Se você fosse minha, eu nunca deixaria ninguém te machucar (Can I Be Him - James Arthur)
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Lexie.
— O quê? — quase pulei da cadeira — Minha nossa!
— Eu te chamei três vezes, tá tudo bem? — Vincent franziu as sobrancelhas.
— Sim — murmurei, alcançando a bolsinha com os comprimidos. Destaquei um e joguei na boca, bebendo um grande gole de água da minha garrafa.
— Não se sente bem? — Pareceu genuinamente interessado.
— São só cólicas.
— Ah — ele limpou a garganta.
— Do que você precisa? — desviei os olhos do computador e me atrevi a fitá-lo por alguns segundos. Vincent estava com aquela postura rígida, as mãos enfiadas nos bolsos da calça.
— Queria saber como anda o processo de criação da identidade visual da marca. Pode me adiantar alguma coisa?
— Ah! — cocei o nariz, não gostava de trabalhar sob pressão — Mas eu estou dentro do prazo, não é?!
— Está! Só estou checando, não é uma cobrança. O cliente está ansioso.
Pois ele que espere.
— Certo.
— Certo — ele repetiu.
— Consigo entregar até o final do dia.
— Jura? — ele pareceu surpreso. — Não achei que estivesse tão adiantada, você tem pelo menos mais três dias.
Senti o ego inflar com o elogio.
— Foi um trabalho em conjunto com os outros membros da equipe. Eu levo o arquivo até a sua sala, você pode avaliar o layout e o projeto final.
— Perfeito.
Fiz que sim com a cabeça, esperando que ele me deixasse logo. Quase como se pudesse ler a minha mente, Vincent deu um passo para trás e acenou com a cabeça.
— Espero que melhore.
Pisquei algumas vezes, tentando entender do que ele estava falando. As cólicas. Murmurei um obrigada e o vi cruzar o corredor. Não era como se ele fosse deixar de falar comigo, afinal, trabalhávamos juntos. Mas, confesso que não esperava que trocássemos mais do que três ou quatro palavras pelo resto do dia.
— Como foi a conversa de vocês?
Babi surgiu do nada, apertando meus ombros sobre o encosto da cadeira.
— Acho que ele não aceitou minhas desculpas.
— Mas vocês estavam conversando! — ela fez um biquinho.
