Capítulo 10

41 10 12
                                    

— O que vocês conversaram? — Lexie quis saber, subitamente interessada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— O que vocês conversaram? — Lexie quis saber, subitamente interessada.

— Ah, nada demais — dei de ombros, talvez não devesse citar os gatos.

— Como, nada demais? Vocês trocaram mensagens, alguns áudios... Como você tem a ousadia de me dizer que a conversa não foi nada demais, quando passou os últimos cinco minutos falando sobre como a voz dele parecia sexy?! — Ela soltou uma lufada de ar pelo nariz, incrédula. — O que ele poderia ter de sexy em uma conversa que, segundo você mesma, foi tão insignificante?

— Eu não disse que ele falou coisas sexy. Meu Deus, Babi! — Senti o rosto queimar.

— Entendi, entendi — jogou as mãos para o alto, rindo. — Então vocês conversaram trivialidades e ainda assim ele soou sexy... Uau!

— Podemos parar de falar sobre isso agora? Não fizemos nada de errado e você conseguiu me deixar constrangida.

— Aposto que ele não teria o menor problema em fazer coisas erradas com você — estalou a língua e eu lhe acertei com um livro.

— Pelo amor de Deus! — resmunguei. — Não tem como isso dar certo.

— É claro que tem! — Ela apanhou o exemplar do chão e deu algumas batidinhas na capa para organizar as folhas. — E vocês têm um encontro... — cantarolou.

— Que você também vai, inclusive.

— Acho que estou ficando doente, pode ser... cof-cof contagioso — abafou uma risadinha com a mão em punho sobre a boca.

— Rafael disse que não pode ir — ignorei seu comentário. — Não seria meio estranho nós três?

— Tem razão, dois é par. Acho melhor eu ficar em casa vendo série e comendo pipoca.

— Não se atreva! — ralhei. — Não tem chances de eu ir sozinha. Vincent me deixa desconfortável...

— Como assim, desconfortável? — Ela pareceu séria dessa vez, se sentando bem ao meu lado. O colchão de procedência duvidosa afundou mais do que deveria com a combinação do nosso peso.

Agitei a mão no ar, como se afastasse os pensamentos.

— Deixa pra lá.

— Deixo nada. Como ele te deixa desconfortável? Do jeito bizarro ou do tipo... calcinha molhada?

— Pelo amor de Deus, Bárbara!

— Eu tô brincando! — Ela agarrou meus pulsos. — Mas me fala.

— É estranho — cocei a nuca —, mas é bom. Eu me sinto desconfortável porque ele parece estar sempre me estudando. Quando estamos no mesmo lugar, sinto como se os olhos dele queimassem a minha pele. E quando eu olho de volta, ele está lá, me encarando. Me sinto estranha.

— Pois devia se sentir linda! Ele é um cara gato que não tira os olhos de você. Você é uma sortuda do caralho.

Revirei os olhos.

BEM ME QUEROnde histórias criam vida. Descubra agora