Capítulo 5

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— Lexie, você está bem?

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— Lexie, você está bem?

A reunião já havia acabado e todos caminhavam de volta para suas mesas. Vincent estava de pé ao lado da porta e me deu passagem.

— Sim, só com um pouco de dor de cabeça — esfreguei a testa com o punho, me virando para fitá-lo.

— Acho que você precisa daquele café — os cantos dos seus lábios se curvaram para cima.

— Também acho — respondi com a voz estrangulada.

— Espero que seus gatos te deixem dormir bem essa noite — ele disse, bem devagar. — Você parece péssima.

Maravilha. Meu quase chefe gato pra caramba me achava péssima. Não. Ele disse que eu parecia péssima, o que não era exatamente reconfortante.

Murmurei um "aham" pra ele e girei sobre os calcanhares, pronta pra dar o fora dali antes que a conversa se tornasse mais humilhante.

— Vocês ainda vão àquela festa? — ele perguntou depois de um tempo, eu ainda não estava longe o suficiente.

— No sábado, sim. Você vai?

— Ainda não me decidi — ele parecia pensar sobre o assunto enquanto dava alguns passos na minha direção.

— Acho que deveria ir — dei de ombros, tentando não deixar transparecer o quanto me importava com isso.

A verdade era que eu queria que Vincent fosse à festa. Às vezes me pegava imaginando como ele se vestiria fora do trabalho, apesar de achar que não seria tão diferente dos jeans escuros e da camisa com as mangas enroladas até os cotovelos, que eu particularmente achava que lhe caía muito bem.

Não percebi que encarava seu peito até a sua voz me trazer de volta. Peitoral largo, muito largo.

— Eu não gosto muito de lugares barulhentos, na verdade. Mas parece que metade da agência vai.

Balancei a cabeça de leve, afastando os pensamentos.

— É, Rafael parece ser bem persuasivo. Parece um bom momento para fazer amigos.

Como se Vincent já não tivesse amigos o suficiente ali dentro.

— O que acha dele? — Vincent quis saber.

— C-como assim? — gaguejei.

— Acha que foi uma boa escolha?

Mordi a língua de leve. Mas é claro! Vincent não queria saber o que eu achava daquela cabeleira ondulada, ou daqueles ombros ridiculamente largos, muito menos daquele maxilar bem definido ou de como ele parecia incrivelmente apetitoso naquelas roupas aparentemente grandes demais pra ele. Me parecia um pecado Rafael esconder todos aqueles gominhos — que eu já havia me certificado que ele tinha — debaixo de tanto pano.

— Não...? — o ouvi dizer e obriguei meus olhos a focarem no rosto à minha frente. Vincent me encarava com a testa franzida.

— Sim! — me apressei em dizer. — Acredito que sim. Ele parece ser competente, fez... ótimos trabalhos. — Demorei tempo demais procurando as palavras certas.

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