Lexie é o tipo certo de garota errada. A vida é um desafio: a máquina de lavar está sempre quebrando, os vizinhos não são dos melhores e sua conta bancária vive no vermelho!
Recém-formada em design gráfico e tentando sobreviver em tempos de...
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O sábado havia chegado e eu estava animadíssima! Bom, a fatura do meu cartão de crédito estava assustadoramente alta, maldita seja Babi e aquele tubinho preto ridiculamente bonito.
— Você... — assoviou. — Está indecentemente gostosa.
— Não acha que meus peitos estão a ponto de pular para fora? — amassei o sutiã.
— Que peitos? — ela deu de ombros. — Você pode usar essa aqui — ela tirou de dentro de uma sacola bonita um par de sapatos de tiras ainda mais bonitos.
— Isso é novo?
— Isso? — ela bufou. — Eles são seminovos e merecem respeito.
— Essa sacola é nova! — acusei.
— Quem é você, meu marido? — rebateu, me acertando com os sapatos no estômago. — Estou emprestando, não estrague-os.
— Acha que o Rafael vai olhar pra mim?
— Acho que eu vou bater em você. Pensa na quantidade de caras gatos que estarão naquele lugar, pessoas diferentes e interessantes.
— Rafael é diferente e interessante — senti o colchão afundar com o meu peso.
— Ele é igual a todos os outros e não vai ligar a mínima se você sair machucada.
Babi estava linda, como em todas as outras vezes em que saímos juntas. A saia de couro moldava perfeitamente o bumbum redondo e as coxas torneadas. Fitei novamente minhas pernas esguias e cumpridas.
— Acho que eu deveria colocar uma calça.
— Não se atreva! — ela me lançou um olhar mortal. — Como eu estou? — girou sobre os calcanhares.
— Indecentemente gostosa — joguei as pernas para o ar, fitando as tiras finas do sapato. — Ele é lindo! — suspirei.
— Rafael ou o sapato?
— Eu me casaria com ele.
— Credo! Com Rafael?
— Com esses sapatos — ri baixinho.
— Bom, eu também — ela ponderou. — Então, nada de pensamentos obsessivos a respeito de casamento?
Eu não diria a ela que já havia escolhido o nome para os nossos dois filhos.
— É claro que não! — estiquei a saia do vestido, já de pé.
Ela assentiu, mesmo não acreditando nem um pouco.
Em meia hora já estávamos no local. Era um bar estilo pub, a iluminação era baixa e a decoração era toda em madeira e bancos altos. Tinha música ao vivo e algumas pessoas se amontoavam para participar dos jogos, como dardos, roletas e tabuleiros. Tudo envolvendo muitos shots, é claro.
