Capítulo 12

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E quando a vida se baseia em arrependimentos
Como quando você faz sua cabeça
e depois muda de ideia
Você quer tentar tantas coisas
Que ainda não tentou
(Jason Mraz | You Can Rely On Me)

E quando a vida se baseia em arrependimentosComo quando você faz sua cabeçae depois muda de ideiaVocê quer tentar tantas coisasQue ainda não tentou(Jason Mraz | You Can Rely On Me)

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— Você está bem? — ele alisou o dorso da minha mão.

— Claro.

— Suas mãos estão geladas!

— Está tudo bem...

— Você não me parece bem. Não vai vomitar em mim, vai?

Eu quase sorri, mas estava meio grogue pra isso.

— Ainda estou no controle, capitão.

— Oh meu Deus! — ele gargalhou.

— Não estou bêbada — o repreendi —, só não sou tão forte para o álcool.

— É — ele murmurou —, eu vi.

— Obrigada por me trazer, Vini.

— Vini? — ele ergueu uma das sobrancelhas.

— Qual é! Ninguém nunca te chamou assim?

— Na verdade, não. Mas gosto de como soa.

Sorri, satisfeita.

— Então, Vini... Você quer beber alguma coisa?

— Por favor, não! — gargalhou de novo.

— Eu quis dizer água.

— Que tal um café?

— Desculpe, não tem — cruzei as pernas.

— Ah não! — ele lamentou, mas ainda estava rindo. — Você tem chá? Posso fazer pra você.

— Não estou tão mal — protestei de novo —, mas tem sim. Primeira gaveta à direita.

— Ótimo! — Ele parecia contente enquanto ia em direção ao armário.

Com uma eficiência incrível, Vincent achou tudo que precisava, ferveu a água e em poucos minutos nos serviu xícaras fumegantes de chá de cidreira.

— Dizem que ajuda no sono.

— Com tantos boletos, como acha que durmo à noite? — brinquei.

Eu já estava na metade da minha xícara enquanto Vincent mal havia tocado na dele.

— O que foi?

— O que foi o quê? — ele levou a xícara aos lábios.

— Você fica me olhando desse jeito, tô começando a ficar sem graça.

Ele sorriu, mas não o bastante.

— Não é nada.

— Não acredito em você — tomei mais um gole.

BEM ME QUEROnde histórias criam vida. Descubra agora