Capítulo 18

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Caleb

De longe ouço o barulho de uma ambulância e acordo com sobressalto, meu coração apertado, a garganta seca, falta de ar, eu queria chorar? De repente, fui atingido por uma palpitação anormal, meu braço estava dormente eu estava morrendo, meu corpo estava morrendo, o que estava acontecendo, o que aconteceu?

Alguém bate na porta e a abre, olho assustado, eu não estava conseguindo me controlar.


- Bom dia, sua mãe pediu para eu te chamar. - Matheo entrou no quarto, quando viu minha situação ficou petrificado, ele se aproximou devagar e tirou a arma de suas costas. - O que?


- Eu estou morrendo, eu estou morrendo! - Gritava enquanto a palpitação aumentava cada vez mais. - Não consigo me controlar, Matheo, não consigo, tem alguma coisa errada aqui, eu vou morrer. - Aperto meu peito, doía demais, como se eu não fosse suportar por muito tempo.


- Terceira vez já Caleb, temos que procurar ajuda. - Matheo se senta ao meu lado e pousou seu braço em meu ombro. - Você não pode ficar desse jeito.


- Dessa vez é pior Matheo, muito pior, acho melhor ir pra um hospital, sinto que não vou aguentar, eu vou morrer!


Era realmente aquilo, eu ia morrer, estava tendo um ataque, eu ia morrer, eu não tinha mais o que pensar a não ser a morte, aquele aperto letal, a angústia que me atingia, a falta de ar, meu corpo estava entregue ao pior e eu não tinha controle.


- Caleb, eu vou tirar o carro, vamos, vamos para o hospital. - Matheo puxa meu braço de maneira que eu consigo me apoiar nele, começamos a descer as escadas.


- Tio Caleb! - Uma das gêmeas grita preocupada e logo minha mãe vem correndo.


- O que houve?


- Vou levá-lo ao hospital, acho que está tendo uma crise de ansiedade, pânico, não sei. Está dizendo que vai morrer.

- Meu Deus! Filho, mamãe está aqui, o que houve?


Eu não conseguia responder, eu não sabia o que fazer, era como se meu corpo estivesse ali e a mente concentrada na morte, a sensação mais horrível de descontrole que eu já tivera. Matheo apenas me colocou deitado no banco de trás enquanto eu soluçava freneticamente e chorava muito, cético como eu, comecei a rezar para que alguma entidade me ouvisse e me ajudasse naquele momento, mas era como se nada fosse mais forte que aquela sensação dentro de mim, de repente estava gritando, enfiando meu rosto no banco gritando mais e mais.


- Droga Caleb. - Matheo olhava toda hora para trás, estava na cara que ele estava muito preocupado, mas eu simplesmente não conseguia controlar.


Começo a ouvir pneus cantando e logo alguém abre a porta, um enfermeiro, ele me puxa para fora do carro e me coloca em uma cadeira, foi tudo tão rápido que eu só vi coisas girando e Matheo correndo atrás de mim.


- O que ele tem? - Perguntou o enfermeiro. - Tiro? Queda? Quebrou algo?


- Eu não sei exatamente, ele disse que ia morrer, estava sentindo algo no peito, não conseguia respirar, achei melhor trazê-lo.


- Ele já ficou assim?


- Já teve uns parecidos, se não me engano é a terceira vez, mas essa veio pior, veio como tsunami, acho que caiu em um buraco sem volta, a família está preocupada, você sabe quem ele é, então faça o possível e eu o acompanharei. - Matheo falou rígido e sério para o enfermeira
Olha, eu vou levá-lo para a ala de reabilitação. - Mas ele não usa drogas! - Matheo o puxou pelo colarinho.

Um ceu cheio de estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora