Capítulo 18

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Angel

Foi a primeira vez que, de verdade, consegui ver além da armadura que ele sempre tem comigo. Sei que o Jungkook tem um segredo, e esse segredo é o motivo de ele estar aqui, nessa cidade. Queria tanto que ele confiasse em mim. Queria falar para ele o quanto ele me deu vida quando eu achava que estava morta, apenas respirando, sendo aquilo que meus pais e o Lucas queriam que eu fosse.

Ele me despertou, toda vez que me chama de "diaba" é como se, de algum modo, ele me salvasse de mim mesma. Quando ele entrou na minha vida, me resgatou de uma vida infeliz e sem graça. Ele me faz sentir viva, meu sangue ferve quando estou com ele. O jeito que ele me provoca, me tira do sério e, ao mesmo tempo, me faz querer mais.

Para um padre falso, ele realizou um milagre.

E pensar que, antes de conhecê-lo, eu me sentia vazia, como se estivesse apenas cumprindo o roteiro que escreveram para mim. Meus pais, Lucas... tudo parecia tão sem cor. Mas o Jungkook? Ele trouxe cor a tudo, até mesmo aos meus piores defeitos. Ele me faz questionar tudo, e, ao mesmo tempo, me faz querer mergulhar de cabeça nessa confusão que somos.

- Não gemer alto, seus pais podem escutar, ele murmurou contra meus lábios enquanto eu estava sentada em seu colo. Aquele tom autoritário me fazia sentir um frio na barriga.
Segurei seu cabelo entre meus dedos, puxando levemente para trás. Eu estava completamente viciada nele, e não me culpo.
Com esse cabelo bagunçado e aqueles olhos de jabuticaba, que são meu ponto fraco, é impossível resistir. Seu braço fechado de tatuagens e as mãos fortes só aumentam o desejo que sinto por ele.
Quando ouvi seu gemido, tudo em mim derreteu. A forma como ele me beijava, como se realmente sentisse algo profundo, me beijava me deixava vulnerável. Não resisti;
precisei morder seus lábios, devorá-los enquanto nossos beijos se intensificavam, quase desesperados.
Tirei sua camiseta preta com um impulso, revelando seu peitoral firme. Minhas mãos pequenas deslizaram por sua pele quente, explorando cada centímetro. O calor que vinha dele me consumia.

Só agora me dei conta de que estou ferrada, me sentindo assim por ele. Cada toque, cada beijo, cada olhar penetrante me envolvia de uma forma que eu nunca imaginei ser possível. A intensidade do que está acontecendo entre nós era avassaladora, e eu sabia que não conseguiria voltar atrás.

Era como se cada parte de mim estivesse despertando, e eu não podia mais ignorar o que estava sentindo. O jeito como ele me fazia sentir viva era uma mistura de prazer e desespero. Eu estava completamente envolvida nesse caos emocional, e, ao mesmo tempo, estava com medo das consequências.

Ele me pegou e me virou na cama, ficando por cima de mim, seu corpo pressionando o meu com uma intensidade que me fez perder o fôlego. A proximidade entre nós era eletrizante, e eu podia sentir a batida do meu coração acelerando enquanto ele me olhava nos olhos.

Ele começou a descer seus lábios pelo meu pescoço, fazendo com que um arrepio percorresse minha espinha.

— Não pense que vou me segurar, — ele sussurrou, com um sorriso travesso, enquanto se inclinava para me beijar novamente, cada toque seus lábios era um convite irresistível.

— Não pare, quero sentir você. — Ele desce suas mãos sobre minha camisola.
— Sem calcinha? Diabinha! — Ele geme ao passar os dedos pelas minhas dobras e sente o tanto que estou molhada.
— Por favor. — Imploro para sentir seu toque.
— Calma, diabinha. Farei você implorar muito antes. Quero você bem relaxada — ele diz e começa a esfregar meu clitóris em movimentos circulares.
Sua boca morde meu peito por cima da camisola; gemo pela dor prazerosa que ele me faz sentir. Seus dedos não param de trabalhar, sinto meu orgasmo próximo, gemendo com a cabeça jogada para trás. Ele pressiona o dedo no meu clitóris para prolongar o orgasmo.
— Agora que você gozou nos meus dedos, quero que goze na minha língua. — Sem esperar me recuperar do orgasmo que me deu, ele cai de boca na minha boceta. Estou sensível, não sei se vou aguentar vir de novo tão rápido.
— Por favor. — Imploro, mas sua língua não cessa a tortura.
Ele só pode estar brincando comigo.
Ele continua o trabalho com sua língua; me concentro no que ele está fazendo e não demora em sentir outro orgasmo sendo construído. Gemo e seguro seus cabelos, me esfregando contra seu rosto. Noto quando ele abre um sorriso pelo que estou fazendo; meu corpo começa com os espasmos que significam que estou perto novamente.
— Oh, padre. — Gemo e fecho os olhos quando o novo orgasmo me atinge. Pior de tudo, tenho que gemer baixo; por sorte, o quarto dos meus pais fica no fim do corredor, não dá para escutar nada.
Perdida no meu clímax, ele tira sua calça de moletom preta, ficando nu. Que visão! A ponta do seu pau brilha. Ele abaixa e tira do bolso da sua calça uma camisinha; ele rasga o papel laminado para cobrir seu pau. Assistindo tudo fascinada, com visão dos céus.
— Te proíbo de gemer alto, tá afim de os seus pais matarem nós dois? — Ele fala se deitando por cima de mim.
— Você tem noção do quanto você é mal padre? — Ele balança a cabeça negando. Ele posiciona seu pau na minha entrada, o que faz minha ansiedade aumentar.
— Por favor. — Imploro e ele me penetra devagar, somente para me provocar, cada centímetro que entra.

Sinto quando ele começa a se mover rápido.
Ele segura meus cabelos com força e, aos poucos, se solta, penetrando-me mais rápido.
Vou à loucura a cada vez que seu pau bate fundo dentro de mim. Gemo em sua boca, que abafa o som. Ele não para suas investidas;
geme quando minhas paredes ordenham seu
pau.
—Foda-se se seus pais vão escutar.
Mais rápido, mais violento, mais fundo. Eu gostava daquilo. Ele alimentava minha força interior e não me tratava como uma boneca frágil.

— Não sabe o quanto imaginei isso, diaba — ele sussurrou em meu ouvido.

— É...? — foi o que consegui falar, meu fôlego sendo roubado pelas estocadas rápidas.

Ele intensificou o ritmo, e cada movimento seu parecia desestabilizar todas as minhas certezas. O prazer se acumulava dentro de mim, e eu estava completamente entregue a ele. Seu corpo pressionava o meu de forma intensa, e eu podia sentir a energia entre nós disparar a cada golpe profundo.

— Você é tudo o que eu desejei — ele afirmou, sua voz baixa e rouca, como se estivesse em transe.

As palavras dele me penetravam com tanta força quanto seu corpo. A mistura de dor e prazer era hipnotizante, e eu queria mais. Queria que ele soubesse o quão intensa era a conexão que compartilhávamos, mesmo nas sombras de um desejo incontrolável.

— Não para... — sussurro, sentindo uma onda de euforia tomar conta de mim. — Mais...

Ele atende ao meu pedido, acelerando ainda mais, e eu me deixo levar, entregando-me completamente àquele momento, como se nada mais existisse além de nós dois. Ele fica de joelhos, segurando com as duas mãos minha cintura, estocando muito rápido. Ele está me fodendo; suas mãos apertam ainda mais minha cintura. Ele está perto, e ver em seu rosto o prazer me faz chegar ao orgasmo gemendo seu nome. Ele solta minha cintura e me puxa para um beijo. Ele goza gemendo meu nome entre meus lábios.

Com a respiração ainda ofegante, ele se afasta um pouco, olhando em meus olhos.

— Não sei se posso me afastar de você — ele sussurra, seu olhar penetrante e cheio de emoção. Sinto meu coração acelerar ao ouvir suas palavras.

— Então não se afaste — falo, me aninhando sobre seu peito. — Você não percebe que me tem e que, de certa forma, já é meu?

Ele me olha, os olhos profundos refletindo uma mistura de desejo e confusão. Sinto que minha declaração provoca algo nele, e a tensão no ar se intensifica.

— Eu não sabia que você se sentia assim — ele responde, sua voz suave, quase como um sussurro.

— É verdade — digo, levantando um pouco a cabeça para encontrá-lo nos olhos. — Você me faz sentir viva, e eu não quero deixar isso escapar.

Ele sorri, e o brilho em seu olhar me faz sentir uma onda de esperança. Aproximo meu rosto do dele, nossos lábios quase se tocando novamente.

— Então vamos aproveitar isso, sem pensar no que pode acontecer depois — ele diz, sua mão acariciando meu rosto com ternura.

Com um impulso de coragem, puxo-o para um beijo mais profundo.

"Máscara de Santidade"Where stories live. Discover now