CAPÍTULO 23

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YOONGI

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YOONGI

As palavras de Jungkook ecoaram na minha mente. Ele seria capaz de fazer isso mesmo? Deus queira que não, mas eu sentia que suas palavras tinham uma fonte inexplicável de verdade.Eu não queria que ele fizesse qualquer coisa com a minha mão ou o qualquer um dos meu amigos. Não queria que ele estivesse na minha vida nesse momento, mas ao mesmo tempo o queria fortemente.

Eram sentimentos confusos.

— Ok. — eu disse ainda olhando em seus olhos, esses que se adoçaram quando eu concordei — Só preciso ir para casa da minha tia pegar minhas coisas.

— Tudo bem. — ele falou como se nada tivesse acontecido — Vamos, eu tô de moto.

Quando eu subi naquela coisa não sabia onde segurar, mas antes de dar partida Jungkook pegou os meus braços e os colocou em volta da sua cintura. Eu me odiava por gostar disso, me odiava por uma parte minha gostar de estar perto dele e do seu cheiro. Odiava que existia algo em mim que o ansiava como se a existência dependesse exclusivamente de ser notado por ele, de estar em seu campo de visão.

— Siga a direita...

Eu ia conduzindo por entre a cidade que eu costumava visitar com minha mãe, agora manchada com a presença dele, como tudo em minha vida.

— É aqui.

Assim que descemos eu fui abrir a porta, mas minhas mãos tremiam, me virei para ele, eu ia implorar para que ele fosse embora, que pelo menos me desse um tempo e espaço, mas quando me virei ele estava de braços cruzados e olhar duro, parecia saber o que eu ia propor.

Ele negou com a cabeça.

— Abra. Eu vou entrar com você.

— Tudo bem.

— Oi tia, estou de volta. — disse tentando soar o mais tranquilo possivel.

— Ah, querido que bom que chegou e... oh, quem é esse rapaz ao seu lado?

— Bem, tia esse é o Jungkook.

— Prazer em conhecê-la. — ele disse polido e educado.

— Tia eu acho que tenho que ir hoje.

— Aconteceu alguma coisa com sua mãe? — ela perguntou um tanto preocupada e assustada.

— Oh, não, não! — fui até ela segurando suas mãos — Apenas não quero mais te incomodar e tenho o trabalho.

— Bem, tudo bem... — disse meio tristonha — Mas por favor passem a noite aqui e vão pela manhã.

Voltei minha atenção para Jungkook esperando uma resposta.

— Agradecemos. — ele disse — Amanhã está bom para partir.

— Que maravilha! — ele disse feliz — Venham, venham se sentar e Jungkook querido tenho um bolo que o meu Yoongi aqui adora, venha para a mesa.

E ficamos assim até a hora de dormir, comemos, conversamos e minha tia contou muitas histórias de quando eu era pequeno e brincava com meus primos de Seoul. Eram boas lembranças que eu tinha e Jungkook pareceu gostar de saber dessa parte da minha vida, ele sorria e fazia perguntas.

A noite minha tia ofereceu um colchão e colocou no meu quarto para ele enquanto eu ficava na cama. Quando fomos nos deitar eu estava olhando para o teto quando Jungkook entrou secando os cabelos.

— Posso deitar com você ou seria muito escandaloso para sua tia? — ele perguntou.

— Melhor ficar ai no seu lugar.

Jungkook foi até o colchão e se ajoelhou olhando segurando minha mão, com olhos grandes e redondos, tão brilhantes como uma noite estrelada.

— Está com raiva de mim? — ele perguntou.

— Não. — respondi e era verdade.

Por mais doloroso que seja eu não consigo pensar em mais nada, mas não consigo mais sentir raiva dele. Não consigo sentir... Meus olhos começaram a transbordar sem que eu tivesse controle.

— Não chora, não chora! — ele disse se deitando ao meu lado.

E quanto mais ele falava mais eu me sentia miserável e vulnerável. Jungkook me abraçou tentando me consolar, ele fazia sons para me confortar, mas ainda assim nada parecia funcionar.

— Me diz o que eu posso fazer por você? — ele perguntou.

— E-eu não sei ma-mais. — disse soluçando.

— Tudo bem, tudo bem, eu vou estar aqui todos os dias de nossas vidas. 

PUMA - Yoonkook shifterOnde histórias criam vida. Descubra agora