PUMA - Yoonkook shifter

CAPÍTULO 20

YOONGI

Eu sabia que as coisas seriam ruins, mas quando mamãe me ligou no dia seguinte eu soube que talvez eu não deveria, em momento algum ter me envolvido com o caçula dos Jeon. O desgraçado havia destruído a sala de aula que Suran estava dando aula, acreditando ele que ela sabia onde eu estava. As coisas estavam me preocupando porque eu temia pela integridade física das pessoas que eu conheço. Agora, olhando para a mulher que me acolheu tão bem, me senti mal por tê-la colocado no meio disso, mesmo que indiretamente.

— ... enfim, querido, quer mais torta? — ela perguntou.

— Não, tia, estou bem.

— Ah, mas está tão magrinho, eu fiz por que era sua favorita quando criança.

— Na verdade ainda é — sorri —, mas estou mesmo satisfeito.

— Tudo bem. Vou olhar minhas roseiras, qualquer coisa me chame.

— Pode ficar tranquila tia.

Mamãe estava m e ligando, era noite e estava pronto para ir deitar quando atendi.

— Querido? — disse baixinho.

— Mamãe? Está tudo bem? — alguma coisa dentro de mim estava em alerta.

— Sim, só queria saber como estava.

— Por que tá falando tão baixo?

— Não quero que ele ouça.

— Como assim?

— O Jeon mais novo anda rondando a casa esperando que você volte, eu acredito. Ele fica de guarda olhando e Suran está assustada também, ela me ligou hoje de novo coitadinha, estão querendo processar o Jungkook e demiti-la.

— Mas ela não fez nada de errado! — me exaltei.

Nesse momento ouvi o barulho da porta sendo aberta com muita força, mamãe gritou com o susto, mas logo eu ouvi um arfar do outro lado da linha, era ele. Eu sabia.

— Onde caralhos você está Yoongi?

Jungkook estava se tornando cada vez mais instável e isso estava me assustando de verdade, mas acima de qualquer coisa me preocupava com o bem estar de terceiros ligados a mim.

— O que fez com a minha mãe?! — exigi uma resposta.

— Ela está bem, só peguei o telefone da mão dela. Agora me responda, porra!

— Isso não lhe diz respeito.

— Pouco me importa se você me odeia agora, se me quer longe. Isso não é uma opção. Somos feitos um para o outro. Como você não vê?!

— Jungkook, para com isso.

— Tudo bem. Não importa onde esteja, eu vou atrás de você agora.

JUNGKOOK

Larguei o telefone sem ao menos o colocar no gancho, a senhora Min estava assustada, mas eu não tinha tempo para confortá-la agora. Se era isso que ele queria... Ele não tem muita escolha.

A princípio achei que aquela vadia da ex namorada tinha alguma coisa haver com seu sumiço, mas então notei que ela era só uma garota burra e apaixonada, não sabia de nada sobre o paradeiro do meu Yoongi. Sua mãe se recusava a dizer meia palavra e eu não iria forçá-la a dizer alguma coisa porque eu sei que Yoongi nunca me perdoaria se algo acontecesse à sua mãe.

Voltei para casa e Hoseok hyung estava sentando ao lado do marido, Namjoon hyung era quase como o pai que eu sempre quis ter a relação do meu irmão e meu cunhado era o que eu mais inveja agora. Queria isso com meu Yoon.

— Ainda vai bancar o cão de guarda? — disse meu hyung sem me olhar — Jimin me disse que você tem estado assim o tempo todo. — me olhou — Tem certeza que é esse o caminho que quer tomar?

— O que quer dizer?

— Dê espaço para o rapaz, até onde eu sei Min Yoongi é um homem adulto.

— E daí?

— Puff... Vocês... — se levantou deixando o marido com um olhar admirado que sempre tinha quando Hoseok hyung tomava alguma atitude, seja qual for — Ele não te quer.

— Não repita isso. — disse sério — Yoongi hung está passando por uma fase dificil, só isso.

— Sim, a fase se chama Jeon Jungkook. — debochou Jimin saindo da cozinha.

— Que possa é essa? Jimin? Você que abriu as pernas para o primeiro e ficou aí de coração partido não tem o direito de falar nada! — gritei.

— Cala a boca! — o meno retrucou — Pelo menos eu não fico que nem um maldito cachorro atras de ninguém!

— Silêncio! — disse Hoseok hyung — Nenhum dos dois falem nada. Eu quero é saber por que você, Jungkook ainda tá atrás de alguém que está, literalmente, fugindo de você.

— Quer saber? Foda-se. — disse saindo de casa com a chave da moto no bolso.

Se as coisas são assim eu não me importo, mas vou de cidade em cidade que esse maldito ônibus para até achar o que é meu e trazê-lo de volta nem que seja a força.