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— O que você quer? — o tom afiado nas palavras não o abalou. —— Flertar e dar risadinhas com Tarquin não adiantou nada, suponho?
— Estou aqui mais para distrair Tarquin enquanto a Feyre procura o livro.
— Achei que os papéis seriam ao contrário.
— Mudança de plano. — cruzou os braços, encostado na cômoda. — Tarquin é um bom macho, deveria simplesmente pedir a ele a porcaria do Livro.
— Algumas flertes e beijos e agora você se sente mal?
— Ele quer sua aliança, desesperadamente. Quer confiar em você, contar com você. — ela tinha notado isso em cada conversa, cada olhar. — Tarquin também é um sonhador com você, Rhysand, e o mundo será reconstruir por pessoas como vocês.
— Bem, Cresseida tem a impressão de que o primo é bastante ambicioso; então, eu tomaria o cuidado de ler as entrelinhas do que ele diz.
— Ela disse isso a você antes, durante ou depois que a levou para a cama?
Rhysand deu um passo, ficando totalmente em sua frente, e ela se preparou para seu cheiro, para o calor, o impacto de poder. Ela se recusou a encolher o corpo.
— É por isso que você não quis me olhar? Porque acha que trepei com ela por informações?
Nikova soltou uma risada amarga e sem humor.
— Informações ou por seu prazer, não me interessa ao menos que nós de alguma direção.
— Ciúmes, amor?
— Como se você fosse interessante o suficiente para me causar isso, Grão-Senhor — Mentirosa, era o que uma voz no fundo da sua mente dizia, mas ela a calou. —
— Acha que gosto de precisar flertar com uma fêmea solitária para conseguir informações sobre sua corte, sobre seu Grão-Senhor? Acha que me sinto bem comigo mesmo ao fazer isso? Acha que gosto de fazer isso para que Feyre
tenha espaço para procurar o Livro e você manipular Tarquin com seus sorrisos e olhos?— Você pareceu se divertir muito nesses últimos dias.
O grunhido de Rhysand saiu baixo, cruel.
— Não a levei para a cama. Cresseida queria, mas nem mesmo a beijei. Eu a levei para beber na cidade, deixei que falasse sobre a vida, as pressões, e a levei de volta ao quarto e não passei da porta. Esperei por você mas estava me evitando, aparentemente. E tentei olhar em seus olhos, mas foi tão eficiente em me afastar totalmente.
— Eu estava ocupada tentando dar espaço para Feyre procurar enquanto também tento achar o maldito Livro, você não é o único que pode usar os outros para conseguir informações.
— Você tem uma tarefa aqui, Nikova. Uma tarefa sobre a qual ninguém pode saber. Então, faça o que for preciso para realizá-la. Mas consiga aquele livro. E não seja pega.
Ela semicerrou os olhas; não era uma tola alegrinha. Conhecia os riscos. E aquele tom, aquele olhar que ele sempre lançava...
— O que for preciso? — As sobrancelhas de Rhysand se ergueram. Nikova sussurrou, se inclinando para ele: — Se eu trepasse com Tarquin pelo livro, o que você faria?
As pupilas de Rhysand se dilataram, e o olhar recaiu sobre sua boca. Pareceu um ato inconsciente quando quebrou a distância restante entre eles.
— Você diz coisas tão atrozes, amor — o polegar dele contornou a parte inferior do seus lábios, e Nikova deveria se afastar, parte do seu corpo e mente dizia que sim... Da última vez que o macho estivera tão perto a marca de seus dentes tinha sido tão forte que arrancara sangue, mas daquela vez ela simplesmente não conseguia. Não conseguia fugir do toque dele, do cheiro dele, da atração que existia entre eles mesmo que quisesse e pudesse. — faça o que quiser, com quem quiser. — as batidas do coração se tornaram irregulares. Rhysand por fim a encarou de novo, e ela podia ver a mentira tão escancarada no rosto dele, mesmo que tentasse esconder. —
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𝔚𝗮𝗿 𝗢𝗳 𝗛𝗲𝗮𝗿𝘁𝘀 | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ
خيال (فانتازيا)𝔊𝑢𝑒𝑟𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠| "𝚊𝚜 𝚎𝚜𝚝𝚛𝚎𝚕𝚊𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚘𝚞𝚟𝚎𝚖..." Nikova vê sua vida virar de cabeça para baixo quando Feyre Archeron, em uma mentira para livrar-se de um problema, entrega seu nome a um feérico. Arrastada para o out...