Capítulo 17 - Jade

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Termino de mandar outra mensagem para Felipe e percebo que é perda de tempo.

Que maravilha, Jade. Feita de otária, mas que ótimo!

Reviro os olhos, irritada com o que eu acredito que esteja acontecendo.

Não acreditei quando mandei as primeiras mensagens, mas não tinha outra resposta para a ausência de Felipe agora. Que tipo de pessoa some assim e para de responder às mensagens sem mais, nem menos? Ele definitivamente não, pelo menos era como ele costumava fazer antes e baseado nisso, concluo o óbvio: sumiu de propósito.

O sentimento de frustração e irritação me consome, mas trato de respirar fundo e decido aproveitar que estou pronta para sair, e sair de fato. Quem se importa com ele? Eu? Definitivamente não, meu bem.

Troco algumas mensagens com Carlos, um colega de trabalho e mando mensagem para minha prima.

Joana: "sim, vou ficar por aqui mesmo

mas você não ia sair com o Felipe, nera?"

Digo que sim, então complemento com o fato de que ao que tudo indicava, ele tinha saído sem mim.

Joana: a

A conversa não se prolonga, digo para ela curtir a sua noite que eu farei o mesmo e que ela não deve se esquentar com o assunto, porque eu estou tranquila e já arranjei companhia.


Carlos me elogia assim que chego, então me apresenta ao seu pessoal que está curtindo a noite.

Pedimos uma bebida, enquanto a conversa é sobre Micaelle, uma morena de cabelos ondulados com um olhar animado e algumas tatuagens, que conta como a rotina está tão caótica que ela está terceirizando conhecer gente nova.

— Sinceramente, anda tão complicado achar alguém que tô quase desistindo — ela concluiu.

— Menina, se tá difícil para você que é hétero — Guilherme disse, ele era um homem alto de cabelos lisos e olhos castanhos, muito bonito por sinal. — Imagina para a gente que não é.

— Até parece, Gui — ela retrucou. — Você tá sempre aqui e ali com uns boyzinho.

— Uma coisa não anula a outra, mulher — ele reafirma, certo do que está dizendo. — Os caras nunca querem assumir um relacionamento com um homem mais afeminado e quando querem, já sabe — suspira, revirando os olhos. — É ladeira abaixo.

Os dois continuaram e a nossa bebida chegou, Carlos disse que eles eram assim mesmo, mas que eles eram ótimas pessoas – só um pouco fora da caixinha e eu ri.

Eu não queria nem entrar no debate, Felipe ainda era uma realidade e eu me prometi não me irritar. Era noite de ficar feliz e curtir com quem me queria por perto, não ficar remoendo um carinha que não teve a coragem de falar nada e iria me deixar em casa mofando.

Micaelle me perguntou se eu e Carlos éramos ficantes quando fomos ao banheiro juntas e eu a disse que não, que ele era um colega de trabalho.

— Entendo — ela respondeu, calma.

Perguntei o motivo da pergunta e ela respondeu que ele já tinha falado a meu respeito, mas tinha os dito que eu era só sua colega de trabalho e não tinha chance de acontecer nada.

— Ele disse? — perguntei, recebendo um sim em resposta. — Entendo.

— Mas não o diga que eu te contei isso — ela pediu. — Ele vai querer me matar.

— Prometo não contar — jurei.

A noite estava ótima, a conversa boa e os petiscos que chegaram maravilhosos. Miguel e Rick, amigos de Guilherme apareceram não muito depois e a noite estava formada. Curtimos bastante e quando saímos do bar, fomos para a casa de Miguel para um after e quando sai de lá era por volta das 6h30 da manhã com cara de que tinha tido uma excelente noite.

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⏰ Última atualização: Sep 27 ⏰

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