16. Almost brother - Chwe Hansol

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                                    Maratona 1/3

— Lembre-se de sorrir e cumprimentar ele, tudo bem? — mamãe repete.

— Tudo bem, eu entendi. — respondo indiferente, ela vinha repetindo isso o dia todo.

Percebi que ela estava nervosa. Nervosa de um jeito que nunca havia visto.

Ouvimos uma buzina ao lado de fora da nossa casa, mamãe me lança mais um olhar de " se comporte" e abre a porta, seguindo para o lado exterior da residência. Papai estava abrindo o bagageiro e retirando malas do local.

Consigo ver uma pessoa quieta o ajudando. Ele era alto e tinha pele pálida, seus traços finos e modelados construíam uma imagem forte. Uau! Ele estava incrivelmente charmoso. Toda vez que nós víamos eu sempre pensava a mesma coisa.

Chwe Hansol era o único filho da melhor amiga da minha mãe, que havia falecido alguns meses atrás, por um câncer agressivo.

Minha mãe tinha muita consideração pela falecida amiga, elas eram como irmãs. Sua morte foi um baque para mamãe.

Meu pai se aproxima, acompanhado por Hansol. Ele parecia até um pouco tímido.

Embora nossas famílias fossem próximas, nunca trocamos muitas frases. Ele era mais na dele e eu na minha.

Ele se curva respeitosamente para nós.

Mamãe logo o abraça fortemente, dizendo palavras confortadoras.

— Como você está? Tem se alimentado bem?— ela pergunta com a voz chorosa.

— Estou bem, obrigado por perguntar — eles se afastam e ele se direciona a mim.

O cumprimento.

— Sinto muito Hansol, de verdade.

Ele agradece.

Hansol iria ficar aqui pelos próximos seis meses , seus pai era biólogo e precisava viajar para outro país, para pesquisas.

Meus pais estavam bem animados, para eles é como se estivessem adotando o Hansol por esses meses.

Quem diria que eu teria um quase meio-irmão.

                                       •••

Não suportava aquele menino. Quem ele pensava que é?

Adentro seu quarto sem bater. Ele estava jogado na cama, dedilhando aquela maldita guitarra.

— Você enlouqueceu? Porque fez aquilo? — digo direta.

Ele apenas ri fraco e se faz de desentendido.

— Precisa ser mais específica "irmãzinha". O que eu fiz dessa vez?

Isso me deixava ainda mais brava.

— Não se faça de sonso, porque falou aquilo pro Brian? — esperava inquietamente sua resposta.

— Ah...isso, nenhum motivo específico. — fala indiferente.

Meus olhos se arregalam, isso não podia estar acontecendo.

— Você, supostamente, sem motivo nenhum disse a ele que eu tinha herpes? — agora estou berrando como uma louca. — Tem noção do que é isso? Você é um sociopata?

Ele nega.

— Não precisa disso tudo. Ele não é muito bem falado na escola, provavelmente te livrei de um tarado, não vai me agradecer? — fala. Mostro o dedo do meio para ele, deixando o quarto como um furacão.

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