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Na manhã seguinte, Danilo acordou com uma sensação diferente no peito. Era como se um peso tivesse sido removido, mas ainda havia aquela mistura de expectativa e ansiedade. As coisas com Maraisa pareciam estar fluindo de uma maneira que ele não esperava, e isso lhe trazia uma sensação de alívio, mesmo em meio ao caos do divórcio.

Enquanto se arrumava, ele não conseguia deixar de pensar na noite anterior. Os sorrisos, os toques e, principalmente, os beijos que compartilhara com Maraisa. Era como se um novo capítulo estivesse sendo escrito, mas ele sabia que ainda havia muito o que resolver.

Ao chegar na empresa, encontrou Maraisa no estacionamento, saindo do carro. Ela vestia uma roupa simples, mas que realçava sua elegância natural, e carregava uma expressão calma no rosto. Quando o viu, sorriu de um jeito que fez o coração dele acelerar.

— Bom dia! — disse ela, fechando o carro e caminhando até ele.

— Bom dia — respondeu Danilo, sentindo o mesmo calor de antes ao vê-la.

Eles caminharam juntos até o escritório, trocando comentários leves sobre o dia e o que os aguardava no trabalho. Havia uma facilidade entre eles agora, como se as barreiras que antes existiam tivessem desaparecido. Tudo parecia mais leve.

Quando chegaram ao escritório de Maraisa, ela se virou para ele antes de entrar.

— A noite passada foi... especial — ela disse, o olhar suave.

Danilo assentiu, sorrindo.

— Foi, sim. Eu me senti... vivo de novo.

Maraisa sorriu, mas logo seu semblante ficou um pouco mais sério.

— Danilo, eu só quero ter certeza de uma coisa. Eu gosto do que estamos vivendo, mas quero que você tenha certeza de que está fazendo isso por você. Eu não quero ser a razão para nada, sabe? Nem para o fim do seu casamento.

Danilo segurou a mão dela, olhando nos olhos com seriedade.

— Maraisa, eu já estava infeliz há muito tempo. Meu casamento com Bárbara já estava desgastado, e você me fez enxergar isso de uma forma que eu estava evitando. Mas essa decisão é minha. Eu quero ser feliz, e quero que a Bárbara também seja. Não é justo continuar vivendo uma mentira.

Ela assentiu, tranquilizada pelas palavras dele.

— Tudo bem. Só quero que a gente faça as coisas do jeito certo.

Danilo sorriu.

— E vamos fazer.

O dia passou mais rápido do que esperavam. Entre papéis, reuniões e momentos furtivos de troca de olhares, eles conseguiram manter o clima leve que haviam construído. A intimidade crescente entre eles era inegável, e isso os deixava cada vez mais próximos.

Ao final do dia, Danilo convidou Maraisa para jantar novamente. Ela hesitou por um segundo, olhando para ele com um brilho nos olhos, como se tentasse decidir se era prudente se deixarem levar assim tão rápido. Mas logo sorriu, concordando.

— Acho que a gente merece outro jantar, depois de tudo — disse ela, rindo.

Eles escolheram um restaurante pequeno e aconchegante, longe dos olhares curiosos. O ambiente era íntimo, com uma luz suave e poucas pessoas. Assim que se sentaram, o clima de leveza retornou, e, pela primeira vez em muito tempo, Danilo se sentiu em paz.

Durante o jantar, eles conversaram sobre tudo, exceto os assuntos sérios que envolviam o divórcio. O foco era neles, no presente, no que estavam construindo juntos. Trocaram risadas, lembranças e mais alguns olhares cúmplices. Quando os pratos chegaram, Danilo pegou a mão de Maraisa, acariciando seus dedos suavemente.

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