Confidentes

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

- Então... - Bill quebra o silêncio entre nós.

Ergo os olhos para encontrar o gêmeo sentando no outro lado da mesa, bem na minha frente. Ele brincava com três uvas verdes, ignorando totalmente o resto da comida. Suas olheiras fundas e escuras de noites mal dormidas faziam contraste com seus hematomas roxos, eles não eram tão perceptíveis a noite mas na claridade da manhã que entrava pelas janelas da cantina, parecia que o gêmeo havia acabado de apanhar.

Bill perdeu a primeira aula do dia, então automaticamente também "perdi" a minha, sendo obrigada a ficar o período inteiro com ele até o próximo. Para minha sorte, a cantina não estava tão cheia. Havia algumas pessoas, mas nada comparado a quantidade de alunos dos outros dias. Porém, aparecer ao lado do loiro foi o suficiente para chamar a atenção de todos presentes ali. Até mesmo das mulheres que estavam trabalhando. Aparentemente a reputação dos Kaulitz era conhecida por todas as idades.

Nada mais me surpreendia.

O gêmeo joga uma das uvas no ar, logo a pegando com a boca.

- Você é algum tipo de viúva negra ou tipo um agente secreto?

Interrompo o gole de suco quando o líquido entra pelo caminho errado, me forçando a tossir profundamente.

- Ei, ei! Vai com calma! - o loiro pega um guardanapo de papel para me abanar.

- Por que - tosse - Você está - tosse - Me perguntando isso?

- Nunca vi alguém lutar como você.

- Tive aulas - tosse - de defesa pessoal.

- Ah, qual é, White? Ninguém faz apenas aulas dessa merda e consegue nocautear alguém daquele jeito. Você me deixou inconsciente.

- Talvez eu seja faixa preta em jiu-jítsu.

- Eu sabia! - ele bate as palmas das mãos, me fazendo piscar em surpresa e olhar ao redor. Algumas pessoas nos encaravam - Tem que me ensinar aqueles golpes.

Balanço a cabeça, negando.

- Eu só uso para me defender.

O loiro ergue uma sobrancelha e joga outra uva na boca.

- É mesmo? Então você quebrou o braço de Georg como um graveto só para se defender?

- Ele não me deu escolha. - me inclino para sussurrar - Vocês matariam os meus amigos.

- Não está errada. - ele ri e apoia os antebraços na mesa, chegando mais perto - Você é mesmo corajosa. - diz, abaixando o volume da voz - Um conselho, nunca se meta na frente de um samurai quando ele estiver apontando uma arma.

- Eu não faria diferente. - encolho os ombros.

- Se importa tanto assim com aqueles caras?

Suspiro.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora