Território

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Enquanto Georg me puxava, olho por cima do ombro mais uma vez, sentindo minha garganta secar e o sangue ser bombeado mais rápido para o meu corpo.

O círculo estava formado, sem nenhuma falha. Passando os olhos, eu conseguia contar, mais ou menos, trinta samurais rodeando os agentes. Bill estava parado no mesmo lugar com os braços cruzados e um sorriso de escárnio desenhado em seus lábios rachados, fitando fixamente David. Parecia que ele havia encontrado um alvo específico.

Não havia sequer um garoto que eu não deduzisse como não integrante da gangue. O resto das pessoas "normais" pareciam ter  se desintegrado da casa. Ou elas realmente foram mandadas embora. Eu não sabia.

David, Torchio e Raggi não demonstravam estar afligidos. Mas eu não sabia se isso era bom ou ruim. Como parte do treinamento, em nenhum momento - mesmo que seja de desespero extremo - podemos mostrar medo ou temor, caso contrário isso dá algum tipo de poder ao inimigo. Mas sabendo como os Samurais agiam, não fazia diferença alguma ser corajoso ou medroso.

Eles não tinham piedade de qualquer jeito.

- Seus amigos já eram. - Georg diz, me fazendo desviar a atenção dos agentes  para encará-lo - Espero que tenha se despedido.

Ele ainda estava me puxando com seu aperto forte, sem olhar para mim.

- Não. - retruco - Tem que deixá-los em paz. Eles nem sabem quem vocês são.

Georg ri.

- Você ainda é uma novata, White, não sabe como as coisas funcionam. Eles estavam mortos no momento em que decidiram vir até aqui atrás de você.

- O quê? Mas que porra... - tento travar os pés no chão mais uma vez. Inútil - Não podem... Por que? Por que vão fazer isso?

- Tom. - ele responde simplesmente.

- Tom? - minhas sobrancelhas se arquearam - Só pode estar brincando, ele liberou a entrada dos garotos tranquilamente.

- Não seja boba, White. - seus ombros tremem - Tom só deixou que eles entrassem para que pudesse ver os rostos das suas próximas vítimas.

Georg me puxa pelas escadas do deck.

No fundo eu já suspeitava que Tom não iria ceder tão facilmente. A não ser que houvesse algum motivo por trás. Fazia pouco tempo que eu interagia com o gêmeo, mas já sabia que todas as suas ações tinham alguma intenção pré-planejada, nada era feito a toa e nada era passado despercebido por ele. Muitos desses motivos e intenções ainda eram desconhecidos por mim. Por enquanto.

Tom me lembrava alguém nessa questão. Talvez Hernandez e sua obsessão por poder.

Mas eu não fazia ideia do tamanho da sua possessividade. Apesar de alguns fatos demonstrarem uma reveladora parte dela.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora