Dormindo com o inimigo

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

- Você não precisava fazer isso. - digo enquanto caminhava ao lado do agente que insistiu em me ajudar a carregar a minha única mala até o dormitório masculino - É arriscado.

O corredor estava tranquilamente inabitado, mas ainda conseguia se ouvir barulhos vindos atrás das portas pelas quais nós passávamos. Claro, os jovens já haviam se recolhido depois de um dia de folga, amanhã certamente as aulas seriam mais intensas. E para minha doce sorte, não teria festas universitárias tão cedo depois que Trevor Stuart foi morto.

Bom, pelo menos eu achava que não.

- O guarda está fazendo a ronda, ninguém vai nos ver aqui. - David me ultrapassa.

- Não estou falando do guarda.

O agente para e vira o pescoço para me encarar. Sua testa franzida desde a linha do cabelo.

- O garoto não vai fazer algo comigo. Exatamente pelo motivo de você estar se mudando para a porra do quarto daquele merdinha.

- Estou fazendo isso por vocês. - agarro o seu braço quando o alcanço, o forçando a caminhar comigo - Foi a única opção que encontrei naquele momento.

- E eu odeio essa ideia. Você está literalmente indo dormir com o inimigo. Realmente não ligaria se ele me arrancasse um pouco de sangue pra te livrar dessa.

- Não seria só um pouco. - murmuro baixo.

David suspira lentamente.

- Sinto muito. Deve ter sido difícil pra você ver aquela cena.- ele se referia a cena em que Tom torturou o garoto na minha frente - Mas acha mesmo que esse moleque encostaria um dedo em um agente altamente treinado?

- Bom, ele conseguiu me tocar.

As rodinhas da mala arranham o chão quando Damiano tranca os pés e me lança um olhar questionador. Arregalo os olhos.

- Não desse jeito que você está pensando. - digo, sentindo meu pescoço esquentar - Você sabe, nós meio que nos enfrentamos na mansão dos Stuart.

- Gosto de pensar que você deu alguns socos nele.

E beijos. Ferozes e insaciáveis.

Aperto os lábios. Droga! Por que estou pensando nisso?

- E eu gosto de pensar que minha equipe está segura dos Samurais. Menos uma preocupação. - dou de ombros.

- Se você diz. - a teimosia de David era escancarada.

Puxo o braço do agente mais uma vez e ergo o pulso, automaticamente a tela do meu relógio acende. Havia algumas notificações de chamadas perdidas de Sarah e nenhum alerta vermelho. No canto superior direito, quatro números me fizeram sorrir satisfatoriamente. Era 23:55. Exatamente cinco minutos para que meu prazo acabasse.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora