Uma companhia

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

- Eu disse para não exagerar, porra! - a voz irritada de Tom ecoa pelo quarto.

Escuto uma gargalhada.

Eram 03:00 quando saímos de Warehouse Port. E para a minha surpresa, não voltamos pelo caminho convencional que percorremos até lá. Atrás dos antigos contêiners, havia uma entrada para uma linha antiga de metrô subterrâneo que passava por baixo do armazém até uma estrada de acesso restrito que dava no outra lado da cidade. A linha foi desligada assim que houve perigo de desabamento, sendo condenada por tempo indeterminado. Mas evidentemente isso não aconteceu já que a gangue usava esse caminho há muito tempo. Foi assim que os gêmeos conseguiram despistar os agentes e sair sem serem vistos.

Outro fato que me surpreendeu, foi como eles guardavam os materiais e a matéria-prima para produzir spice. Também havia outro subsolo secreto abaixo do centro do armazém. Foi projetado pelos próprios Samurais e funcionava como uma espécie de elevador. Era tão imperceptível e quase invisível que nem um agente altamente treinado conseguiria notar.

Raggi iria surtar.

Quando chegamos de volta ao dormitório, minha cabeça parecia quase desgrudar do pescoço. Minhas têmporas estavam explodindo, não pela dor, mas sim pelas várias informações catalogadas. Estava ansiosa para encontrar com a minha equipe.

- Puta que pariu! Isso doeu! - Bill resmungou.

- Então fique quieto, caralho. - estremeço ao escutar Tom rosnar quase assassino.

Graças ao gêmeo impaciente por ter arrombado a porta, qualquer barulho que vinha de dentro do banheiro era nitidamente alto. Quase amplificado. Até mesmo o som da água batendo na pele do loiro. Gota por gota.

Bill teve que ser carregado por Tom para dentro do carro e depois direito para o banheiro, onde foi forçado a vomitar até não conseguir mais, e finalizando com um banho gelado, que o seu irmão foi obrigado a ajudar, já que o loiro havia ultrapassado os limites com spice e estava oscilando entre estar consciente e inconsciente. Sempre soltando suas piadas ácidas com picos altos de animação.

Aproveitei o longo tempo em que os garotos estavam no banheiro para mudar de roupa - algo mais confortável que jeans - e me esconder embaixo do cobertor. Estava decidida a manter Tom longe de mim dessa noite em diante. Não por causa dele, mas eu não podia confiar em meu próprio corpo perto do gêmeo.

- White está dormindo. - alguém sussurrou.

Franzindo o cenho, espio pela borda do cobertor e vejo Bill saindo do banheiro e sendo guiado por Tom até a sua cama. O loiro estava sem camiseta e vestia uma calça de moletom cinza. O cabelo molhado e penteado uniformemente para trás. Contenho um riso ao notar que as roupas de Tom estavam ensopadas de água e suas feições travadas estavam enfurecidas pela perda de paciência. Bill deve ter dado trabalho.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora