Capítulo 4: O Reino de Solus e os Primeiros Passos de Calyon

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O reino de Solus estava banhado pela luz intensa de um dos nove sóis que pairavam no céu. Seus muros brilhavam sob o calor, enquanto o jovem príncipe herdeiro, Calyon, seguia lado a lado com Dorius, o Arquimago mais poderoso do reino. O treinamento que se aproximava marcaria o início da jornada de Calyon em direção a um poder inimaginável, mas, naquele momento, tudo parecia calmo, como se o destino estivesse apenas sussurrando ao longe.

Solus era um reino antigo, marcado por sua tradição mágica e pela disciplina militar. Governado por séculos de reis sábios, agora estava sob o comando de Aldem, pai de Calyon, que mantinha o equilíbrio delicado entre as ameaças externas e as ambições internas. Entretanto, o que mais chamava a atenção de Calyon naquele momento era a forma como Dorius começaria a desvendar os segredos dos níveis de poder.

— Hoje, príncipe Calyon — começou Dorius, enquanto caminhavam para os campos de treinamento — você aprenderá sobre os primeiros quatro níveis de poder. Eles são fundamentais para compreender o que significa progredir neste mundo.

Calyon escutava atentamente. Sabia que, além do treinamento físico e mágico, o conhecimento dos níveis de poder seria essencial para seu desenvolvimento.

Os Quatro Primeiros Níveis de Poder

Dorius parou em frente a uma grande mesa de pedra no centro do campo de treinamento, onde várias inscrições arcanas estavam gravadas. Ele passou a mão sobre as marcas, e uma luz suave brilhou.

— Existem muitos níveis de poder, Calyon. Hoje falarei sobre os quatro primeiros, que marcam o início da jornada de qualquer cultivador ou mago neste mundo. Eles definem o que é ser verdadeiramente forte no plano mortal.

Ele levantou um dedo e prosseguiu:

— O primeiro nível é o Aspirante, onde os recém-chegados ao caminho da magia ou cultivo começam a sentir o fluxo de mana dentro de si. Neste estágio, o controle é limitado e a energia interior está em constante mudança, instável.

Dorius continuou, levantando dois dedos:

— O segundo nível é o Discípulo, aquele que consegue canalizar mana de maneira eficiente. Embora ainda seja limitado, o discípulo já é capaz de realizar feitiços ou técnicas de cultivo de maneira mais controlada.

Ele levantou três dedos:

— O terceiro nível é o Mestre, onde a pessoa atinge um domínio considerável sobre sua energia. Mestres podem manipular a mana ao redor, fortalecendo seus corpos ou realizando magias poderosas. Eles são respeitados por suas habilidades.

Finalmente, Dorius levantou quatro dedos:

— O quarto nível é o Grão Mestre, onde o cultivador ou mago atinge um patamar que o torna uma potência em reinos de tamanho médio. Eles possuem um controle tão avançado sobre suas habilidades que podem moldar batalhas e influenciar políticas inteiras todos os níveis de poder são dividido em três sub reino iniciante, intermediário, Pico.

Calyon olhou para o céu enquanto absorvia essas palavras. Ele sentia que seu próprio poder já começava a surgir, mas ainda estava muito distante de alcançar o verdadeiro potencial descrito por Dorius. Além disso, algo o intrigava.

— E os imortais? — Calyon perguntou, lembrando-se das histórias que ouvira na infância.

Dorius parou por um momento, seu olhar ficando distante. Ele parecia ponderar sobre como responder à pergunta. Então, com um sorriso enigmático, respondeu:

— Os Imortais? São considerados um mito, príncipe. Dizem são seres antigos muito antes da calamidade que dividiu o super continente em 8 pedaços menor, que existem seres além do nosso mundo, conectados ao Dao Celestial de maneiras que nós, mortais, jamais poderíamos compreender. São histórias antigas, faladas em sussurros pelos mais velhos. Alguns dizem que eles transcenderam o mundo físico, deixando para trás tudo o que conhecemos.

Dorius deu de ombros.

Talvez os anciãos saiba de algo--

— Mas, por enquanto, é apenas isso — um mito.

Calyon permaneceu em silêncio. Ele sabia que existiam verdades escondidas nas lendas, e que muitas vezes o desconhecido trazia consigo pistas sobre o que poderia ser real. Seu próprio poder, relacionado ao espaço e tempo, parecia misterioso demais para ser apenas uma coincidência.

Após a explicação, Dorius conduziu Calyon de volta ao campo de treino. Agora, o foco seria em seu controle sobre a gravidade, um poder raro e perigoso.

— A gravidade não é algo que você simplesmente controla — explicou Dorius. — É uma força que molda o mundo ao seu redor. Se você aprender a dominá-la, poderá controlar os céus e a terra com um simples pensamento.

Dorius fez um gesto com a mão, e de repente o peso ao redor de Calyon mudou drasticamente. Ele sentiu seu corpo sendo puxado para o chão, como se uma mão invisível o esmagasse. Era um teste, e ele sabia disso.

Concentrando-se, Calyon fechou os olhos e tentou sentir o fluxo de mana ao seu redor. Lentamente, ele começou a reverter o efeito, aliviando o peso sobre si mesmo. A pressão diminuiu e, ao abrir os olhos, viu pequenas pedras ao redor flutuando suavemente no ar.

— Muito bem, príncipe — elogiou Dorius. — Agora continue praticando. Lembre-se de que isso é apenas o começo. Seu poder sobre o espaço-tempo ainda está adormecido, mas um dia ele se revelará. Até lá, você deve dominar completamente o controle sobre a gravidade.

Enquanto Calyon treinava, a vida no reino de Solus seguia seu curso. O reino era dividido em três regiões principais: a capital Soron, onde o castelo e a academia mágica estavam localizados; as Terras Baixas, onde a agricultura e o comércio floresciam; e as Fronteiras do Norte, uma área perigosa, onde criaturas abissais e invasores espreitavam.

O Conselho de Solus era composto por sábios, generais e magos, todos trabalhando juntos para proteger o reino e tomar decisões estratégicas. O próprio Rei aldem liderava o conselho, mas confiava plenamente nos conselhos de seus Arquimagos.

Fim do 4 capítulos.

Crônica da divisão EternaOnde histórias criam vida. Descubra agora