Crônica da divisão Eterna

Capítulo 5: Ecos nas Fronteiras

Capítulo 5: Ecos nas Fronteiras

Horas antes do amanhecer, Dorius observava o horizonte de Solus, sua mente ocupada com as crescentes tensões nas fronteiras. Os ventos das mudanças políticas já sopravam nos reinos vizinhos, e ele sabia que Solus precisaria se fortalecer rapidamente.

A luz pálida da manhã já se erguia sobre as montanhas, revelando as terras vizinhas — cada uma com suas próprias ambições e mistérios, esperando uma oportunidade para se moverem contra ou ao lado de Solus.

Primeiro, Dorius pensa em Valoris, o reino situado ao norte de Solus, uma nação conhecida por seu imenso poderio militar. Governada por uma dinastia militarista, Valoris sempre viu Solus como um obstáculo em seu caminho para expandir seu território. Com uma cultura que exalta a guerra e a força bruta, Valoris acredita na supremacia da espada sobre a diplomacia.

Os governantes de Valoris são escolhidos não apenas por sua linhagem, mas por suas conquistas no campo de batalha. Cada líder precisa vencer uma guerra ou conquistar uma terra para garantir sua posição. As intrigas de Valoris envolvem rivalidades entre generais, disputas pelo trono e, acima de tudo, uma constante vontade de iniciar novos conflitos.

Ambições: Valoris deseja tomar as terras férteis de Solus e seus recursos minerais para alimentar suas campanhas expansionistas.

Ao oeste, o reino de Elandor contrasta com Valoris. Enquanto Valoris busca poder pela espada, Elandor prefere o caminho da riqueza e do comércio. Suas cidades são conhecidas pelos mercados exóticos, onde mercadorias de todas as partes do mundo podem ser encontradas. O governante de Elandor, o Rei Mercante Vespian, vê Solus como um possível aliado comercial, mas também uma competição a ser superada.

Em Elandor, a política é feita nos salões das guildas mercantes, onde ouro e influência andam de mãos dadas. O poder é dividido entre as guildas mais ricas, e o rei é apenas um facilitador de acordos lucrativos.

Ambições: Elandor deseja usar seu poder econômico para subjugar Solus, controlando seu comércio e tornando o reino dependente de suas rotas comerciais.

A leste, o sombrio reino de Drakhor é uma terra de magia negra e dragões. Seus governantes seguem antigos pactos com dragões elementais e entidades sombrias, governando com um poder enigmático. Drakhor raramente interage com outros reinos, preferindo manter-se isolado, mas seus olhos estão sempre nas fronteiras de Solus, à espreita de qualquer fraqueza.

Governado por uma casta de feiticeiros, Drakhor é uma terra onde o poder é obtido através de rituais arcanos e pactos sobrenaturais. O governante atual, o Arcano Supremo Kael'dor, possui ambições ocultas em relação ao equilíbrio de poder no mundo mortal.

Ambições: Embora Drakhor não tenha desejo imediato de expandir seu território, seus líderes desejam adquirir mais poder mágico, mais Solus, com seus Arquimagos, impedir deles tentar algo.

Ao sul, além das montanhas geladas, estão as Terras Bárbaras de Kalagor. Este é o mais imprevisível dos reinos vizinhos, governado por tribos bárbaras que não seguem as convenções dos outros reinos. Eles são guerreiros implacáveis, mas também extremamente desorganizados. Suas incursões nas fronteiras de Solus são constantes, e sua ameaça é sempre iminente.

Kalagor é governado por clãs, onde cada líder tribal luta por poder. Não há um único governante em Kalagor; em vez disso, há um conselho de anciãos, onde a força e a astúcia garantem a posição.

As tribos bárbaras de Kalagor não buscam governar, mas sim saquear e pilhar as riquezas de Solus.

Dorius sabia que essas potências, cada uma com suas próprias ambições e intrigas, poderiam muito bem decidir o futuro de Solus. Enquanto ele olhava para o horizonte, sentia que algo sombrio estava prestes a ocorrer. As intrigas entre os reinos vizinhos não poderiam ser ignoradas, e qualquer erro diplomático poderia colocar Solus em perigo.

Ele vira Calyon, que estava absorto em seu treinamento. O príncipe herdeiro carregava um fardo pesado, mas Dorius sabia que Calyon teria que aprender rapidamente sobre o mundo à sua volta. A batalha de Solus não seria apenas travada no campo de batalha, mas também nos salões de poder.

Fim do  5 capítulo .