Capítulo 8: As Bestas Selvagens e os Mistérios da Floresta Primitiva

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Na vasta extensão ao sul de Solus, onde o continente se esconde em sombras espessas e árvores colossais, estende-se a Floresta Primitiva. Esta floresta, rica em lendas e segredos antigos, é o lar de criaturas majestosas e perigosas. Lá, as Bestas Selvagens, dotadas de inteligência e uma cultura própria, habitam em harmonia com a magia primitiva que flui através de suas veias. Cada tribo de bestas possui suas próprias hierarquias e poderes, muitas delas alcançando níveis de poder comparáveis aos dos mortais mais poderosos.

Calyon liderava uma expedição ao coração da floresta, acompanhado por Dorius e Frelio. A tarefa? Explorar as lendas das Bestas e investigar.

As Bestas não eram apenas criaturas de pura força bruta, como muitos em Solus acreditavam. Elas possuíam níveis de poder bem estruturados, divididos.

Guerreiro Primitivo: Bestas com força e resistência extraordinárias, capazes de rivalizar com os Grande Mestres humanos.

Nível Guardião Primitivo: As mais sábias, essas bestas lideram seus clãs com uma inteligência estratégica, dominando a magia primitiva que as liga à natureza essas bestas são capazes de rivalizar com Mestre perfeito ou arquimago.

Nivel lord das Florestas: As criaturas mais raras e poderosas, detentoras de segredos antigos e profundos da magia. Apenas um punhado delas é conhecido, e as lendas dizem que até os imortais têm cautela ao lidar com elas não ser sabe aonde seu força pode alcançar.

Dentre essas bestas, os Felinos de Fogo, que governavam as partes centrais da floresta, e os Terroríficos Ursos de Pedra, conhecidos por sua pele impenetrável, eram os mais temidos.

Calyon observava com admiração enquanto uma dessas feras, um Lobo Alado de Prata, caminhava ao longe, em silêncio, com seus olhos inteligentes fixos no grupo. Essas criaturas claramente observavam e calculavam, como generais que estudam o campo de batalha antes de atacar.

À medida que avançavam pela floresta, a magia antiga se tornava mais densa. "Essas terras são vivas," Dorius murmurou, sentindo a mana pura fluir do solo. "A magia aqui... parece diferente. Mais antiga. Ela reage às emoções das Bestas e molda o próprio ambiente."

Frelio, de olhos cerrados, acrescentou: "Há algo nas duas luas que parece amplificar essa energia. Alguns dizem que essas luas estão ligadas diretamente ao poder do mundo, e que sua origem está nas profundezas da história de Nana."

As Duas Luas, conhecidas como Lunaris e Ecliptis, eram símbolos de mistério. Antigos textos falavam que, muito antes da fragmentação dos continentes, as luas haviam sido um presente de divindades desconhecidas para proteger o mundo de uma ameaça além das estrelas. Mas, como quase todas as coisas em Nana, a verdade estava envolta em camadas de lendas e incertezas.

Enquanto a expedição avançava, Calyon e seu grupo tropeçaram em algo inesperado – uma antiga estrutura, uma cidade oculta nas profundezas da floresta, erguida entre as árvores imponentes. Era o território dos Elfos, uma raça misteriosa conhecida por sua longevidade e domínio da língua antiga, capaz de moldar a mana com a precisão de um mestre artesão.

Os elfos, cujas vidas se estendiam por milhares de anos, eram conhecidos por observar o mundo em silêncio, quase nunca interferindo nos assuntos dos outros reinos. Seu líder, Elorandir com cabelos longos dois metros de altura uma beleza sem igual olhar para ele e como olhar para a natureza, um ser de uma calma incompreensível, recebeu os viajantes. Ele falou da Língua Antiga, que moldava a magia de formas muito além do que os mortais conseguiam compreender. Ele também mencionou, em uma voz baixa e enigmática, que os elfos possuíam segredos sobre o desaparecimento dos Ancestrais Humanos, mas recusou-se a oferecer mais detalhes, deixando Calyon ainda mais intrigado.

Nas noites que seguiram, sentados ao redor das fogueiras, os elfos compartilharam histórias da floresta. Eles falaram de um tempo anterior aos mortais, quando as Bestas Selvagens governavam sem contestação e as duas luas eram mais do que apenas objetos no céu. Elas possuíam vida, essência e um propósito que se perdeu com o passar dos milênios.

Essas revelações só intensificaram o desejo de Calyon de entender os mistérios do mundo. Embora ainda jovem, ele podia sentir o peso de um destino que não conseguia controlar. E, enquanto a noite caía sobre a floresta, as duas luas brilhavam intensamente, como se observassem cada passo que ele dava.

Sua jornada de exploração estava apenas começando, e a verdade sobre o passado de Nana, e de seu próprio destino, parecia mais distante e nebulosa do que nunca.

Fim do Capítulo 8.

Crônica da divisão EternaOnde histórias criam vida. Descubra agora