Mortos não falam

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Punições te destroem de várias maneiras.
Não importa quem vai te ferir ou lhe ensinar sobre seus erros
Nenhum deles te destruirá como você mesmo.
A cobrança te mata lentamente como um veneno letal.

Os passos eram silenciosos e com extremo cuidado, cada cômodo era verificado e os sensores de calor não emitiam muitas pessoas na propriedade

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Os passos eram silenciosos e com extremo cuidado, cada cômodo era verificado e os sensores de calor não emitiam muitas pessoas na propriedade. Paramos em cada lado da porta se comunicando por sinais na espera para entrar, armas são engatilhadas e facas são presas firmemente nos dedos.

Os seguranças distraídos logo caíam no chão na poça que se formava de seu próprio sangue, cada lâmina era passada com precisão na jugular antes que algum barulho pudesse ser ouvido e o plano fosse por água a baixo. As câmeras estavam fora de área e a iluminação seria desligada em dois minutos, sendo eles o necessário para chegar até a sala necessária para começar o verdadeiro motivo de estar ali.

Quando as luzes finalmente se apagam, o massacre se inicia. Os gritos eram cortados e silenciados pela sequência de tiros em cada vítima viva naquele local. A sala escura com a iluminação apenas da pólvora em ação com o fogo, os cartuchos batem contra o piso de cerâmica. As luzes são acessas após alguns segundos mostrando a cena que se fez. O que antes era branco puro agora estava coberto por sangue, as paredes servindo de apoio para corpos que não tiveram a chance de lutar pela vida, respingos de sangue era visto por toda a área e se ficássemos ali, o cheiro logo ficaria desagradável.

A porta da sala é aberta com Khay'zel entrando com o analista em seus ombros. O corpo do homem é jogado no chão sem pudor o fazendo soltar em grunhido de dor. Ando até o sujeito puxando seu corpo pela gola da camisa até a porta de aço inoxidável. A segurança da porta era feita pela senha digital e de voz, uma frase que mudava de hora em hora.

O levanto em direção ao mesmo rosto e falo com a voz modificada pela máscara.

Morgana- Boa noite...A única coisa que vou pedir é a senha, se fizer isso, não só sua vida será poupada, mas a de todos os outros sobreviventes...

-.... Não posso...a senha já deve ter mudado e não tenho acesso a nova, será uma tentativa falha e...

Morgana- Não gosto quando me fazem de trouxa. Você tem acesso a senha alguns minutos antes da mudança... não dificulte as coisas...

O solto pegando o pequeno gravador no bolso o desligando e entrego para um dos subordinados presentes. Caminho até o analista o sentando na cadeira e sento na mesa a sua frente. Desço os olhos pro sua estatura até o crachá em seu pescoço lendo seu nome.

Morgana- Ok, Vinícius... Vou ser mais clara com você...Sua única opção é dar a senha ou morrer feito um merda aqui e agora...E não se esqueça da parte me que os que ficaram vivos vão morrer igual a você...

Sua respiração prende por alguns instantes antes de levantar os olhos firmes em minha direção, um desafio e medo no fundo de suas orbes.

- Está blefando...mataria todos de qualquer jeito...Prefiro morrer a te entregar a senha.

Arquivo a sobrancelha divertida e pulo da mesa tirando a máscara do rosto o aproximando do mesmo.

Morgana- É admirável a idiotice de achar que dependo de você completamente vivo...Mas gostei da coragem, mesmo sendo a coisa mais burra que já ouvi...

Seguro seu queixo direcionando a mão livre até o coldre da faca a puxando discretamente até sua mão e sorrio com um brilho de diversão nas íris.

Morgana- Diz pra mim se doer...

Antes que o mesmo possa questionar, a lâmina perfura sua mão contraindo o músculo ao som do osso se rachando, o grito agoniado é alto o suficiente para fazer com que todos olhassem curiosos para a situação.

Morgana- Oh, me desculpa, era para cortar apenas o dedo, prometo que dessa vez eu não erro o alvo.

Pisco o olho divertida finalmente direcionando a faca ao dedo indicador dividindo os nervos em duas partes até o pedaço de carne sair de sua mão.

Me agacho pegando o dedo e o jogo para a subordinada a alguns passo de distância. Limpo a faca no terno do analista e guardo novamente no coldre o deixando ali. Sua súplica mal é ouvida ao som do tiro no centro de seu crânio fazendo o cérebro estourar com os miolos para fora.

Caminho até a porta antes fechada, agora aberta, com todos as informações necessárias para ir embora, cada pasta, pendrives e fitas cacetes foram guardadas em bolsas e presas ao corpo até a saída do local.

Na saída, cada equipe foi guiada aos caminhões, as ruas estavam vazias e silenciosas, algo que foi suspeito logo de início.

No céu nublado podia-se notar uma luz fraca piscando sem parar, cerro os olhos e comunico no rádio em latim para separar as rotas de cada automóvel.

Com o passar da perseguição, no final na estrada havia carros fortes, preparados para parar o veículo caso necessário. Todos se preparam ao sinal do motorista e seguram firme em seus assentos.

A velocidade aumentando a cada segundo perto de se colidir com os fortes é virado bruscamente em uma volta em que quase faz o caminhão capotar para fora da estrada, ao ter a rota mudada, continuamos a correr enquanto o helicóptero finalmente dava as caras com sua lanterna em nossa direção. Os avisos incessantes irritavam a todos dentro do automóvel, as portas se abrindo e os tiros trocados eram tantos que ao motorista ser acertado, foi tarde de mais para reverter o caminhão de capotar fazendo todos baterem e rolarem até finalmente parar fora da estrada.

Levanto com a cabeça martelando de dor, a visão meia turva e o sangue escorrendo do corpo estavam dificultando as coisas, os sobreviventes saem junto e correm floresta a dentro, era uma caça onde nossas forças precisavam ser recuperadas rapidamente.

Foram longos minutos correndo entre a mata, os tiros sendo pegos de raspão e corpos caindo não estava no plano. Nada daquilo era para ter acontecido.

Quando finalmente a perseguição acaba, vejo que os únicos no ponto de encontro eram dezesseis pessoas... Estávamos em vinte e oito...foram 12 mortes onde o plano era meu, tudo estava certo...

Ao chegar na enorme casa que chamamos de lar, caminho até o escritório de Marcus batendo na porta e entrando após a permissão de sua voz. Minha cabeça se mantinha abaixada e a única bolsa que ficou é colocada em sua mesa, suas mãos analisam o conteúdo de dentro e depois se levanta da cadeira parando em atrás de mim.

O grito é instantâneo ao sentir os fios de cabelos serem puxados bruscamente fazendo o pescoço se curvar para trás conectando meus olhos aos seus. O ódio escondido naquele olhar e a decepção destruía muito mais do que palavras.

Marcus- Você sabia os riscos...disse que sofreria as consequências caso fracassa-se...

Respiro fundo mantendo os olhos firmes e penso antes de responder com a voz firme.

Morgana- Vou sofrer os riscos como prometido...Aceitarei a punição sem pestanejar...

Marcus- Espero que saiba a escolha que está fazendo... Só não se esqueça Morgan...- Meu cabelo é solto e acariciando com calma.

Marcus- O que vou fazer será para seu bem, Saiba que sempre te amarei pequena...Mas nem tudo é perfeito....

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Lírios de Sangue - Lâminas nas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora