Na vida sempre há momentos ruins, não se pode fugir disso. Mas e se você vivesse em um lugar onde teria que aprender a viver com a dor, ser ela por completo.
Morgana sempre se perguntou que havia algo errado, então fez sua escolha, mas não seguiu o...
Tem pessoas que deveriam estar mortas. Mas nem tudo é perfeito.
Então tenho que fazer com minhas próprias mãos.
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[Pov: Khay'zel]
Depois de finalmente conseguir informações de como a carta foi achada. Respiro fundo deixando um recado para Morgana para quando acordar se manter apenas no quarto, não vou deixá-la se envolver nisso.
Termino de arrumar a mala e saio do quarto a caminho do aeroporto. Alguns subordinados já estavam a minha esperada no jato particular. A viagem duraria algumas horas, mas já estava sentindo os efeitos do estresse atingindo meu cérebro com força, apenas senti no bando e abro o caderno pegando o lápis e passando o grafite sobre a folha desenhando linha pretas que formam um rosto conforme o tempo.
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[Itália: Verona]
O clima em Verona estava agradável, o sol já aparecia sobre o horizonte como um quadro em pinceladas de azul e branco misturados sobre o céu.
Já eram duas da tarde e as ruas estavam até que vazias durante a caminhada até o ponto de encontro.
Ao chegar no restaurante indicado, faço sinal para que meus homens fiquem na estrada esperando minhas próximas ordens caso necessário. Entro no estabelecimento e subo as escadas até o salão vazio com apenas uma mesa no centro, os garçons estavam parados em fila, apenas esperando a hora certa de entregar o banquete a mesa.
Reviro os olhos com os preparativos e olho para a porta de entrada notando a presença do mesmo entrando com seu sobretudo escuro como a noite deixando sua presença marcada por onde passa.
Seus sapatos de couro faziam barulho a cada passo que dava lentamente até a mesa com um pequeno sorriso convencido no rosto.
Ao seu sentar, aponta com a mão o lugar à sua frente e coloca o guardanapo sobre o colo. Assim que as todas variações de comida são postas a mesa, se serve esperando que me sente.
A tensão no salão de jantar era quase tangível, cada detalhe silencioso à mesa era carregado de manipulações e ódio. Khay'zel sentia o peso do olhar de Marcus, que o observava com aquele misto perturbador de orgulho e posse.
Depois de alguns minutos de um silêncio insuportável, com apenas o tilintar dos talheres, Marcus saboreia a carne de cordeiro e bebe um gole da taça de vinho e devolve a mesa limpando os lábios com o guardanapo e lançando um sorriso calculado, satisfeito ao ver a postura rígida e o olhar de fúria em Khay'zel.
Marcus- Ouvi dizer que você tem passado um tempo com Morgana. Uma escolha interessante, devo dizer. Ela sempre foi... promissora.
Aperto os punhos controlando o ímpeto de responder algo cortante, a vontade de pegar a faca e enfiar na garganta do homem a minha frente era imensa. O nome de Morgana na boca de Marcus era como veneno. Ele via nela apenas mais uma peça no tabuleiro, uma de suas tantas filhas adotivas e treinadas para matar sem hesitar. Mas não para mim, ela era mais do que isso, muito mais.
