toji fushiguro; halloween

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Você ouviu uma vez da sua avó que, a cada cinquenta anos, uma nova noiva seria escolhida como sacrifício para um ser que desprezava cada humano com vida

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Você ouviu uma vez da sua avó que, a cada cinquenta anos, uma nova noiva seria escolhida como sacrifício para um ser que desprezava cada humano com vida.

Durante sua adolescência, você jurou que a história era uma grande besteira. Quem viveria mais de cem anos para se casar a cada cinquenta?

Oh... você não poderia estar mais errada.

Quando você atingiu a idade adulta, o negócio do seu pai estava ruim das pernas. Por algum motivo, boatos sobre sua família e o envolvimento do seu pai com algo que não deveria. Levaram à ruína a sua casa. Estava tudo fadado ao fracasso. Seu pai foi executado por ser acusado de traição e sua família pagaria por seus pecados tão bem quanto ele.

Embora o casamento fosse conhecido por ser uma cerimônia abençoada, uma união que deveria reunir uma pessoa e outra. Todos sabem que o título de noiva nesse caso era apenas um nome bonito para mascarar a passagem de ida para um túmulo.

Toji está mais do que familiarizado com os costumes que os humanos organizam. Ele, como muitos vampiros, se beneficiou do próprio ritual no qual os humanos acreditam, por algum motivo, fazendo com que fiquem seguros ao longo dos séculos.

Apesar do que lendas e livros dizem, ele descobre que os humanos criaram um monstro maior do que sua própria espécie. Ego, ganância, luxúria, orgulho. Os humanos eram abundantes quando se tratava de indulgência egoísta.

Foi tão fácil quanto dar uma mordida em uma maçã.

De pé diante do altar sagrado, a mesma estrutura da história religiosa que ele entrava e saía a cada poucas décadas. Rostos familiares envelheceram, pálidos, com rugas como passas. No entanto, sempre houve uma coisa que nunca mudou. Medo.

As palavras do padre ecoam pela capela, os olhos de Toji pararam em sua nova noiva ao lado dele. Você não havia dito nada desde que pisou na igreja, rosto abaixo, como se a vergonha a acompanhasse.

— Você está tão quieta... — Toji pega sua mão, bem mais quente que a dele. Ele a puxa para perto dos lábios, dando um beijo suave enquanto olha para você, com algum tipo de sarcasmo ou provocação que você não consegue identificar. — Você tem medo de estar casado com um monstro como eu, coisa doce?

Você engole hesitantemente, mantendo os olhos abaixo enquanto pondera entre apenas ignorar a pergunta e se manter calada. Então sussurra suavemente: — Não. — A voz treme, traindo seus nervos enquanto volta a permanecer em silêncio, sem saber o que dizer ou fazer a seguir.

Por um momento, sua mente entra em espiral, como se não bastasse perder seu pai, também foi condenada à própria sorte, se casando com algo que simplesmente te condena à morte.

Os olhos de Toji se estreitam, seus lábios se enrolam em um pequeno sorriso com sua resposta. Ele pode praticamente sentir seu nervosismo e medo, o suor frio que fica em sua pele, o pulso acelerado em seu pescoço. É inebriante, quase o suficiente para fazê-lo querer provar a você.

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