Cenários onde sua imaginação te permite estar com o seu personagem favorito.
A imaginação é a realidade ausente, que permite a existência da liberdade de espírito. Explorando essa liberdade, eis aqui uma coletânea de imagines.
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Apostar com o maldito Naoya Zenin foi com certeza a pior escolha que você poderia ter tomado. Se ele quer? Ele consegue, não importa como, ele está fazendo isso acontecer. Você sabe disso desde criança, crescendo com ele por terem famílias próximas.
Te irritar, te puxar para as brigas. Ele sabia exatamente que cordas puxar para te fazer ficar irritada. E você sabia que, mesmo que tentasse resistir, ele acabava te arrastando para suas confusões.
Naquela festa de Halloween, no entanto, você tinha se prometido ficar longe dos problemas que ele traz, não só para ele, como para você — até ele se aproximar. Você percebeu o brilho nos olhos dele assim que o viu atravessando a multidão, as luzes piscando refletindo na raiz branca do cabelo dele, você o conhecia mesmo que de longe, vestindo a fantasia que ele mesmo te pediu para escolher. E lá estava aquele sorriso, o sorriso convencido que você aprendeu a odiar.
— Está se divertindo? — Ele começou, o tom casual demais para quem claramente tinha algo em mente.
— Mais ou menos. O que você quer, Naoya? — Você foi direto ao ponto, sem paciência para o joguinho que você tinha certeza de que ele estava fazendo.
Ele riu, como se soubesse que você esperava por isso, e inclinou-se um pouco mais perto, como se fosse contar um segredo. — Sabe, eu estava pensando... Que tal uma aposta?
Você revirou os olhos, porque era claro que era isso. Sempre era. Mas parte de você também sabia que, por mais que quisesse recusar, havia algo em sua relação que te fazia aceitar o desafio, só para não dar a ele o gosto de sair por cima. — E o que você tem em mente dessa vez?
Naoya fingiu pensar por um momento, antes de abrir um tipo de sorriso que te fez arquear uma sobrancelha. Você sabe que uma má ideia está vindo.
— Algo simples. Vamos ver quem consegue beber mais sem fraquejar — ele disse tão casualmente que te fez duvidar — Quem perder... obedece ao vencedor pelo resto da noite. Está com medo?
E então você entendeu, mas sentiu o sangue ferver. Medo de Naoya? Jamais.
— Feito.
O jogo começou e você logo percebeu que subestimou a vontade dele de vencer. As primeiras rodadas passaram rápido, mas logo a sensação de tontura começou a tomar conta de você. Naoya, no entanto, continuava estável demais, confiante demais. Foi aí que você percebeu que algo estava errado. Ele estava claramente trapaceando, e o pior de tudo era que ele não se importava em esconder.
Quando você parou, sem conseguir mais beber, ele já sorria, triunfante.
Naoya segurou seu pulso com firmeza e, antes que você pudesse protestar, ele já te puxava pela multidão da festa, o calor do toque dele se misturando à tontura que subia pela sua cabeça. Vocês atravessaram o mar de fantasias e luzes piscando, até que ele te arrastou para um corredor mais isolado, longe do barulho e dos olhares curiosos.
