Capítulo XXIII - "PISOS DO PÓS VIDA"

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- Faz muito tempo que eu não via uma floresta tão de perto. Fico feliz que você escolheu logo essa arena, Humano. - dizia Anhangá, que tinha uma voz calma e relaxante, abrindo um leve sorriso gentil após sua fala.

- eu sinceramente, Tô nem aí pra isso, quero só te matar de uma vez! - dizia Caim, que dava a primeira movimentação da batalha, correndo na direção do deus, com um sorriso sádico se esboçando em seus lábios.

O humano acaba por dá um leve salto em direção aos céus, dando uma volta em meio ao ar, levantando suas correntes com ele. Logo, Caim tenta golpear Anhangá com uma de suas correntes.

O deus pula para trás em alta velocidade, fazendo com que o golpe acerte apenas o chão. Logo, quando o rei do submundo Tupi percebe, Caim já estava a sua frente, pronto para o golpear com ambas as correntes ao mesmo tempo. Anhangá defende com a menor facilidade, o golpeando com um murro no rosto antes do humano o acertar.

Caim é jogado para trás, batendo algumas vezes no chão, até ser arrastado e para quando bate na frente de uma árvore. Anhangá parecia estar olhando meio entediado para o humano, até que ele arregala seus olhos, olhando para seus dedos fechados, o deus, por algum motivo, começa a sentir uma enorme dor em seu punho, o mesmo que atingiu o homem.

"O que foi isso?! Eu realmente acertei ele?... Não parecia ser ossos humanos, parecia ser algo muito mais pesado..." - pensou o deus do submundo.

Hades levantou sua mão, o levando até seu queixo e ficando numa posição pensativa.
- esse garoto... Ah, agora eu me lembrei. É o filho de Lúcifer, o assassino de demônios, Caim.

Athena e Hórus arregalam seus olhos, olhando para Hades em seguida.

- Lúcifer tem filhos?! - perguntou Hórus.

- bem, não é de se surpreender... Ele nunca foi santo e sempre fazia... "Essas coisas", mas alguém com potencial de ser mais forte que Lúcifer, lutando pelos humanos...

Sem nem perceber, o braço esquerdo do deus tupi é enrolado por uma das correntes de Caim. Quando o deus percebe, ele rapidamente tenta se soltar, o que é inútil. O homem se vira rapidamente, jogando Anhangá para longe, que se solta da corrente após ser jogado tão longe com o impulso.

A humanidade não sabe como reagir, se fica feliz pelo seu representante conseguir derrubar alguém tão forte, ou preocupado por um assassino estar conseguindo vencer um deus. A plateia dos deuses ficou em choque, todos com muita raiva do que estava acontecendo dentro das arenas.

- eu não quero ser "desumilde", então vou tentar me lembrar do seu nome após você morrer, deus do submundo, Anhangá... - dizia Caim.

- o que você fez?

- digamos que... A Humanidade sabe nivelar o jogo. - o humano corria na direção do deus em alta velocidade.

O rei do submundo salta do chão, se virando em meio ao ar e tentando impedir o homem de se aproximar mais com um chute, no qual é inútil, pois Caim consegue se defender, colocando seu antebraço direito na frente do golpe, causando uma colisão.

O vento fica agitado ao redor de ambos, quando a colisão acontece. Caim, por tanto, não desistiu, saindo da frente de Anhangá, deixando o deus com a perna livre.

Quando o Brasileiro percebe, ele recebe um golpe do loiro, com um gancho direito em seu queixo, sangue escapa de seus lábios e ele cai para longe.

Logo, o deus tenta se recompor, o que parece ser difícil para ele, por algum motivo, o deus via o mundo ao redor girando. Logo, ele ouvia ambas as correntes batendo no chão, enquanto Caim as rodavam em seu punho.

RAGNAROK: END OF HOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora