IX

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Depois do jantar de Natal quando todos se recolheram para uma sesta, António tomou coragem para convidar Cristina a fazer um passeio.

- Onde iremos?

- Até ao moinho.  O ribeiro vai calmo e o tempo está agradável.

- A prima Juliette quer acompanhar-nos?  Talvez o primo Rodolffo queira vir também.

- Não.  Ide vós.  Eu vou ficar aqui no alpendre a tomar ar. - disse Juliette.

- E eu fico a fazer-lhe companhia.

- Não precisa, primo.  Se quiser ir esteja à vontade.

- Preciso ficar.   A não ser que a minha companhia lhe desagrade.

- Não diga isso.  Terei muito gosto na sua companhia.

- Damos uma volta pela quinta? - perguntou Rodolffo assim que Cristina e António sumiram da sua visão.

- Vamos.  Vou só buscar um agasalho.

Percorreram o longo caminho lageado até uma das extremidades da quinta onde ficava o pomar e a casa de arrumar as ferramentas.

Juliette mostrava as várias espécies de árvores frutíferas ali existentes, a data de floração e outras coisas.
Rodolffo estava admirado com toda a sabedoria dela em assuntos agrários.

- E esta casa?

- Aqui arrumamos o necessário para os trabalhos. - Juliette abriu a porta e Rodolffo deparou-se com um enorme espaço.  De um lado ferramentas e algumas alfaias agrícolas e do outro rações e fardos de palha para os animais.

Rodolffo fechou a porta e segurando a mão de Juliette levou-a a deitar-se na palha.

- Não devemos. - disse ela timidamente.

- Porque não,  se eu te amo e tu me amas?  Eu quero uma linda lembrança tua.

Juliette nunca havia estado assim tão próxima de um homem.  Rodolffo afastou-lhe os cabelos da face e depositou um beijo nos lábios.  Ela sorriu e ele voltou a beijá-la  agora mais demorado e mais ousado.

- É o teu primeiro beijo?

- Sim.  Nunca nenhum homem me beijou.

- Beijar é bom.  Tudo o que duas pessoas que se gostam fazem é bom.

- Mesmo não sendo casados?

- É preciso conhecer para casar.  Do que tens medo?

- Que o Rodolffo só se queira aproveitar de mim.

- Se quiseres eu caso contigo amanhã.   Não é possível, mas sendo eu o faria de bom grado.  Amanhã volto à quinta da minha tia e já sofro com a separação.

- Mas não é longe!

- E a que pretexto eu venho ver-te diariamente?  A única solução é pedir licença à tua tia para te cortejar.

- Espere mais uns tempos.  Aconteceu tudo muito rápido.

- Agora que provei o sabor do teu beijo não quero ficar sem ele.

Rodolffo beijou-a novamente.  A mão marota abriu um dos botões da blusa dela e enfiou-a dentro acariciando-lhe um dos peitos.  Juliette tinha o mamilo enrigecido e começou a arfar.  Rodolffo deu-lhe novo beijo e desta vez deixou a língua fazer o seu papel.

A falta de ar fê-los parar por momentos e ele aproveitou para desabotoar mais alguns botões expondo completamente os seios dela que abocanhou de seguida.

Rodolffo olhou-a nos olhos e viu algum medo.

- Confia em mim.  - disse enquanto a beijava de novo.

- Promete que não vais embora.

- Juro.  Agora que te achei eu não vou sair daqui nunca mais.

- Eu gostei.

- De quê?

- Disso que tu fizeste.

- Isto é pouco.  Posso fazer muito mais.

Rodolffo voltou de novo a atenção para os seios dela tirando-lhe alguns gemidos de prazer.  Enquanto os chupava colocou-se por cima dela e com as duas mãos levantou-lhe a saia comprida e também o saiote.

As vestimentas da época dificultavam qualquer apressado, mas Rodolffo sabia o que o esperava.  Ajustou a roupa dela e ainda faltavam os coulotes.  Com paciência tirou-os olhando para ela que tomou a iniciativa de retirar a saia e saiote.

Rodolffo estava posicionado no meio das pernas dela.  Segurou-a pelas nádegas e iniciou a penetrações com cuidado e parando a cada contração dela.

Subiu até à sua boca num beijo quente e húmido e de uma vez intriduziu-se nela.  Juliette soltou um grito de dor abafado pelo beijo e algumas lágrimas rolaram pela face.

Os movimentos de vai vem começaram lentos até ela se descontrair e depois mais vigorosos.

Juliette gemeu de prazer contraindo-se e apertando o membro dele e logo a seguir Rodolffo soltou um urro capaz de acordar defuntos.   Sorte deles que estavam longe da casa principal e por ser Natal ninguém iria para aqueles lados.

Rodolffo retirou-se dela, ajeitou as roupas e deitou-se ao seu lado abraçando-a.  Juliette vestiu-se e deitou-se de novo com a cabeça no peito dele.  As lágrimas ainda corriam.

- Magoei-te muito?

- Doeu um pouco, mas ...

- O quê?

- Não sei.  Estou com medo.  E se souberem?  Vou ser falada em toda a aldeia.

- Ninguém vai saber.  E descansa que eu não vou fugir. - limpou-lhe as lágrimas e deu-lhe vários beijinhos.

Algum tempo depois regressaram a casa.  Cristina e António ainda não tinham regressado e os da sesta ainda dormiam.  Juliette foi colocar àgua para ferver e enquanto isso aproveitou para se limpar e trocar a roupa íntima.

Apareceu junto de Rodolffo com uma bandeja, duas chávenas de chá e alguns biscoitos.

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