Boa leitura
Gulf, comecei a arquitetar meu plano. Minha cabeça não parava de fervilhar: eu quero vingança.
Em posse do endereço da família Traipipanattapong, resolvi que, no dia seguinte, iria descobrir qual era o local onde eles moravam e como viviam.
Hoje não está sendo um bom dia para estudar. Minha mente está voltada para essa família de merda que hoje posa de boazinha, mas que me deixou sozinho e nunca me procurou. Como eu disse, eles vão me pagar.
Gulf ficou meio alheio aos estudos naquela tarde. Ligou e dispensou o professor, dizendo que não estava se sentindo muito bem.
Após falar com o professor, tentou estudar mais um pouco e focar em algumas questões, mas não conseguiu; estava com o coração carregado de mágoa.
Na manhã do dia seguinte, após Mew sair para o trabalho, eu fui para o meu quarto, me troquei e conversei com a tia Estela, dizendo a ela que iria ao shopping comprar um livro. Ela disse que pediria para o motorista me levar, mas eu preferi ir sozinho, queria andar um pouco para descansar a mente, já que não parava nem um minuto de estudar; precisava disso, então ela concordou.
Peguei apenas meu celular, minha carteira e os óculos escuros. Logo em seguida, saí de casa.
Andei algumas quadras e, em seguida, chamei um carro de aplicativo. Dei o endereço para onde queria ir e, após 30 minutos, estava na porta do condomínio onde morava a família Traipipanattapong.
Era um condomínio fechado. Fui até a portaria e disse que era um repórter que queria entrevistar alguém da família Traipipanattapong.
O porteiro perguntou se eu havia agendado a entrevista. Respondi que não, que era repórter em início de carreira e precisava de uma reportagem impactante. Mas ele me disse que, sem agendamento, não haveria reportagem.
Fiz algumas perguntas para ele e ele me disse que todo o condomínio era da família Traipipanattapong, que ali só morava gente da família; ninguém de fora.
Olhei as casas luxuosas do lugar: uma vila inteira, toda pertencente à minha família, enquanto eu fui jogado em um orfanato desde criança. Comia restos com os cachorros, dormia na rua e fui vendido. Humilhado; aliás, eu fui vendido duas vezes - se bem que, numa delas, Mew me comprou. Vou ter que agradecer a ele muito por ter me comprado. Mas essa família vai pagar por tudo que passei, pode deixar anotado: eles vão pagar.
Saí dos meus pensamentos, agradeci ao porteiro e saí, dizendo que iria ligar e insistir até conseguir que alguém da família me desse uma entrevista.
Sai dali, ansioso. Olhei o endereço que tinha da família Kanawut e disse a mim mesmo: "Vamos lá, Gulf, não é só por causa de sua tia Deise que cuidou de você. As coisas poderiam ser totalmente diferentes se eles tivessem cuidado de você. Até mesmo sua tia Deise poderia ter te criado depois do casamento, mas eles tiraram de você toda a oportunidade."
Novamente chamei um carro de aplicativo e dei o endereço do outro lado da família, os Kanawut. Eles moravam um pouco mais longe, mas chegamos.
E, da mesma forma que os Traipipanattapong, havia uma vila de casas, um condomínio fechado com porteiro e seguranças. Parecia que as famílias se copiavam; não era só uma rivalidade de gangues e facções, parecia algo pessoal, ou inveja. Não sabia o que pensar, mas foi isso que me ocorreu. Fiz a mesma coisa que fiz no outro condomínio: aproximei-me da guarita e falei com o porteiro. Disse que era repórter em início de carreira e queria tentar uma entrevista com um membro da família Kanawut. Recebi a mesma resposta: "O senhor tem a entrevista agendada?" Respondi que não e a resposta foi: "Se não tem a entrevista agendada, então não temos uma entrevista. Eles não atendem a ninguém que não tenha agendado a conversa com antecedência. O senhor tem que entrar em contato, agendar a conversa, e eles colocarão aqui na agenda. Assim que o senhor chegar, permitirei que entre, mas sem a conversa agendada é impossível."
O ódio me invadiu. Queria poder gritar que aqueles filhos da puta que me abandonaram agora ficavam pagando de bons moços, mas não poderia dizer isso ao porteiro. Então, contive minha raiva e apenas disse: "Tudo bem, vou tentar falar com eles e ver se consigo essa entrevista. Seria muito importante e me ajudaria a alavancar na carreira, mas mesmo assim, obrigado."
Coloquei meus óculos escuros, querendo que eles escondessem as lágrimas, mas logo começaram a ficar embaçados com o calor delas. Andei um pouco e encontrei uma lanchonete. Entrei, aproveitando para tomar um suco e tentar relaxar, mas tudo que eu tinha na cabeça era vingança, vingança, vingança. Eu não vou esquecer; eu prometo, pai, mãe, tia: eu vou me vingar. Eles vão me pagar por tudo o que aconteceu. Não importa o tempo que dure, eu serei a pedra no sapato deles
Depois de algum tempo na lanchonete, decidi que não podia me deixar abater. A vingança que ardia dentro de mim precisava ser canalizada de alguma forma. Levantei-me e fui embora, sentindo a determinação crescer a cada passo.Enquanto caminhava pelas ruas movimentadas, o sol começava a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e roxo. Era uma visão bonita, mas eu estava longe de sentir qualquer beleza naquele momento. O que via eram os rostos das pessoas ao meu redor, todos vivendo suas vidas felizes, enquanto eu carregava um peso imenso nas costas.
Cheguei em casa e encontrei Mew já de volta do trabalho. Ele estava cansado, mas seu sorriso iluminou o ambiente. Mesmo em meio a tudo o que estava passando, eu não conseguia ignorar como ele era importante para mim. A maneira como ele me tratava, como se eu fosse alguém valioso, fazia com que eu me sentisse um pouco mais humano, mas a raiva que eu sentia pelos Traipipanattapong não diminuía.
- Oi, baby! - disse Mew, sentando no sofá. - Como foi seu dia?
- Ah, foi tranquilo. Fui ao shopping, mas não consegui comprar o livro que queria - menti. A última coisa que queria era preocupar Mew com minhas questões.
Ele olhou para mim com um semblante preocupado, mas apenas sorriu e disse:
- Que tal um filme para relaxar?
Eu acenei com a cabeça, tentando esconder o turbilhão de sentimentos dentro de mim. Mew colocou um filme de comédia, mas eu mal prestava atenção. A história estava lá, mas minha mente vagava, pensando em como poderia me aproximar da família Kanawut e Traipipanattapong, ainda não sei, mais eu vou conseguir, eu juro aí terei minha vingança.Final de mais um capítulo espero que tenham gostado beijinhos 😘 😘 até o próximo
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REJEITADO
FanfictionEssa é a história de Gulf KANAWUT TRAIPIPATTANAPONG Ele foi um bebê muito amado e desejado por seus pais desde que souberam que estavam grávidos é isso mesmo o pai de gulf sempre compartilhou com a esposa todos os passos da gravidez só tinha...