🌞CAPÍTULO 44🌻

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Boa leitura




Mew tentou entrar em contato com Boun pelo número de telefone que tinha, mas a chamada não foi atendida. Gulf, prevendo que Mew tentaria essa abordagem, havia pedido a Boun que trocasse de número para evitar qualquer ligação. Embora relutante, Boun concordou com o pedido, entendendo que Gulf estava determinado a manter seu plano em segredo.

Enquanto isso, a boate de Gulf estava cada vez mais movimentada, gerando um bom lucro. Certo dia, um cliente específico pediu para conversar com Gulf. Era um homem jovem, aparentando cerca de trinta anos, que se mostrou especialmente interessado. Eles se sentaram e começaram a beber, mas logo Gulf percebeu que o homem ficava o tocando e fazendo comentários que o irritavam. Gulf se controlava, sabendo que não podia perder aquela oportunidade. Afinal, aquele homem era um dos netos dos Traipipattanapong.

Depois de algumas doses, o homem sugeriu que fossem para o quarto. Gulf, ainda mantendo o foco em seu objetivo, sugeriu que bebessem mais um pouco antes de subir. O homem concordou, mas, depois de algum tempo, insistiu em irem para o quarto. Gulf cedeu, planejando fazer o homem beber mais e, com sorte, conseguir informações sobre a família Traipipattanapong.

Assim que entraram no quarto, Gulf não teve tempo de reagir: o homem lhe deu um tapa no rosto com força, segurando-o pelo cabelo e forçando um beijo brutal, mordendo seus lábios até deixá-los machucados. Gulf tentou resistir, mas o homem era muito mais forte, segurando-o com brutalidade enquanto o chamava de “putinha” e “vadia”. Em seguida, ele rasgou a camisa de Gulf e mordeu seu ombro, ignorando qualquer tentativa de resistência.

A situação só piorou. O homem começou a bater nele, cada golpe mais violento que o anterior. Gulf lutava para escapar, mas seu corpo já começava a fraquejar. Foi apenas após um esforço intenso que ele conseguiu se soltar, correndo para seu escritório na boate.

Assim que entrou, Boun o viu e, alarmado com seu estado, perguntou o que havia acontecido. Gulf resumiu rapidamente, e Boun não hesitou. Ele chamou dois seguranças e foi até o quarto. Sem chamar atenção dos outros clientes, os seguranças expulsaram o homem do local com discrição. Ainda assim, ao sair, ele lançou um último olhar a Gulf e rosnou:

– Da próxima vez, você não vai escapar, sua putinha.

De volta ao escritório, Boun ofereceu um copo d’água a Gulf, que tentava recuperar o fôlego e acalmar o turbilhão de emoções que tomava conta dele. A experiência o deixara abalado, mas sua determinação só se intensificava.

– Gulf, talvez seja hora de reconsiderar essa vingança – disse Boun em um tom preocupado. – Isso está indo longe demais.

– Não, Boun. Eles vão pagar pelo que fizeram com a minha família. Nada vai me deter – respondeu Gulf, recuperando o controle. Sua voz era fria e decidida.

Enquanto Boun suspirava, Gulf sabia que aquele incidente só alimentava seu ódio pela família Traipipattanapong. Ele usaria essa raiva como combustível para seu plano – mas agora entendia que precisava ser mais cuidadoso. E que, talvez, um confronto direto pudesse ter consequências perigosas.

Após o incidente, Gulf refletiu sobre sua vulnerabilidade. Determinado a nunca mais se ver em uma posição como aquela, ele procurou Boun e pediu que lhe ensinasse a lutar. Boun, embora um pouco hesitante, entendeu a urgência do pedido e aceitou. Assim, começaram as sessões de treinamento, e a cada dia Gulf se dedicava mais, aprendendo golpes de defesa e técnicas para resistir em situações de perigo.

Depois de apenas dois dias de treino intenso, Gulf decidiu que os funcionários da boate também deveriam saber se defender. Reunindo todos, ele foi direto:

– A partir de hoje, quero que todos aqui saibam como se proteger. O que aconteceu comigo não vai se repetir com mais ninguém neste lugar.

Os funcionários trocaram olhares, surpresos, mas também encorajados pelo comprometimento de Gulf. Boun aceitou o desafio e começou a treinar o grupo, ensinando-os a defenderem a si mesmos e a protegerem os outros caso fosse necessário. Ele orientava com paciência, adaptando os movimentos e técnicas para todos, independente da força ou habilidade inicial de cada um.

Gulf, por sua vez, se dedicava ao máximo, tanto para aprender quanto para inspirar os outros. Ao final de cada treino, ele trocava algumas palavras de incentivo com a equipe, criando um ambiente de união. Cada dia de treino fortalecia não apenas as habilidades físicas do grupo, mas também o espírito de equipe. A boate não seria mais um local onde qualquer um pudesse entrar e se aproveitar de alguém sem enfrentar consequências.

EuEnquanto isso, Mew ainda estava obcecado em encontrar Gulf. Ele se sentia frustrado e impotente, já que cada pista levava a um beco sem saída. Certa noite, em um momento de desespero, ele decidiu que se não pudesse encontrar Gulf por conta própria, precisaria de ajuda. Recorrer a conhecidos influentes ou até mesmo à polícia começava a parecer uma possibilidade.

Em seu escritório na boate, Gulf refletia sobre o que havia conquistado e sobre os riscos que ainda precisaria enfrentar. Ele sabia que o caminho para sua vingança não seria fácil, mas, agora, estava mais determinado e, principalmente, mais preparado.

Gulf continuava treinando com Boun, aperfeiçoando cada movimento. Ele já mostrava grande habilidade nos golpes, movendo-se com mais confiança e precisão. Cada sessão era uma oportunidade para canalizar sua raiva e frustração, transformando-as em força e resistência. Ele sabia que, em breve, teria que enfrentar desafios ainda maiores.

Enquanto isso, Mew continuava obcecado em encontrar Gulf. Já havia procurado por ele em inúmeros lugares, conversado com amigos, familiares e até mesmo ido à delegacia novamente, implorando por ajuda. Porém, as autoridades foram indiferentes, informando que Gulf havia saído por vontade própria, não considerando seu caso como um desaparecimento preocupante.

Frustrado e sem outras alternativas, Mew decidiu seguir a sugestão que recebeu na delegacia: contratar um detetive particular. Sem perder tempo, ele entrou em contato com um renomado investigador da cidade, conhecido por resolver casos complexos e sigilosos. Assim que os dois se encontraram, Mew não hesitou em explicar cada detalhe que tinha sobre Gulf, seu desaparecimento, e o que ele acreditava ser o motivo por trás disso.

– Ele está planejando uma vingança – Mew disse ao detetive, com um olhar determinado. – Sei que ele deve estar próximo da família Traipipattanapong, mas até agora não consegui rastreá-lo.

O detetive escutou tudo com atenção, prometendo a Mew que começaria as buscas imediatamente. A partir daquele momento, Mew sentiu uma pequena esperança se reacender. Mesmo que ainda estivesse angustiado, a ideia de que alguém experiente estava à sua procura trazia algum alívio.

Nos dias que seguiram, Gulf notou a mudança na dinâmica da boate. Seus funcionários, agora mais confiantes e preparados, faziam seu trabalho de maneira firme, mas sutil, e o clima no local se tornara mais seguro e protegido. Gulf se sentia cada vez mais pronto para seguir com seu plano, mas a presença constante de alguns clientes influentes da família Traipipattanapong lhe lembrava que deveria ser cuidadoso.

Do lado de fora do mundo de Gulf, o detetive seguia seus passos com discrição. Ele investigava qualquer lugar onde Gulf pudesse estar se escondendo. A cada nova pista, Mew acompanhava de perto, ansioso e com o coração apertado, enquanto as buscas continuavam.


Beijinhos 😘 😘 até o próximo capítulo



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