🌞CAPÍTULO 06🌻

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                            Boa leitura


MEW EU GOSTARIA DE SABER SUA HISTÓRIA.VOCE PODERIA ME CONTAR, POR FAVOR?

Gulf: Apesar de me doer muito, vou tentar. Acho que você merece saber. Minha mãe tinha um diário e ela escreveu tudo nele. Eu o tenho comigo, vou pegar para você ver.

(Gulf sai da sala correndo até o quarto e volta com o diário.)

Gulf: Aqui, minha mãe conta como tudo começou. Ela e meu pai se conheceram na faculdade, no primeiro dia de aula dela. Ela estava chegando, não sabia nada sobre o lugar e viu meu pai sentado ali. Viu que ele era mais velho, achou que ele conhecia o local e poderia ajudá-la.

E ele ajudou?

Gulf: Sim, ele a ajudou. Foi assim que se conheceram e se tornaram amigos. Depois de alguns dias, ela diz que meu pai veio até ela declarar que estava apaixonado. Ela, que também sentia o mesmo, também se declarou. Quando a família dela descobriu o namoro e soube quem era o rapaz, proibiu o namoro. Ela disse que não entendeu o porquê e os pais não explicaram, apenas proibiram, disseram que era para ela acabar com aquilo. Mas ela  estava apaixonada e era correspondida, não tinha por que acabar.

E o que seu pai disse?

Quando ela falou para meu pai que os pais dela tinham proibido o namoro deles e que ela não entendia por quê, ele sabia do que ela estava falando, mas não queria aquela vida para ele. Ele sabia da rivalidade entre as famílias. Depois de uns dias, os pais dela vieram buscá-la e a tiraram da faculdade, prometendo que ela faria seu curso em outra faculdade. Eles a levaram embora e fizeram ela jogar o chip do celular no lixo. Mas ela tinha memorizado o número dele. Ela ligou e foi aí que resolveram fugir.

Depois de quase um ano fugindo, minha mãe completou 19 anos e eles se casaram. Mas continuaram fugindo. Eles só pararam de fugir quando ela ficou grávida de mim. Montaram seu próprio negócio, se estabeleceram, e ali eu nasci. Aqui ela diz o quanto eu era amado por ela e por meu pai. Ela escreveu tudo até uma noite antes do acidente.

Acidente?

Eles saíram para fazer as compras e me deixaram com uma funcionária no resort. E eles nunca mais voltaram morreram em um acidente onde um maluco bateu no carro deles. Eu fiquei sozinho, tinha apenas 3 anos. Os funcionários, junto com a assistente social, mexeram nos documentos deles e descobriram que os dois pertenciam às famílias mais ricas da Tailândia: Kanawut e Traipipanattapong. Você conhece?

New já ouvi falar.

Então, eu, Gulf Kanawut Traipipanattapong, sou a vergonha das duas famílias. Quando a assistente social me levou para meus avós maternos, eles não me quiseram. Ela
Me levou para meus avós paternos, e esses também não me quiseram. Aliás, meu avô não quis nem olhar para mim. Aquele maldito. Eles vão me pagar, mesmo que já tenham morrido. Vou dançar em cima do túmulo deles.

Eu vivi 8 anos da minha vida no orfanato. Sempre que alguém se interessava por mim, quando descobria meu sobrenome, desistia. Quando completei 11 anos, comecei a fazer perguntas. Queria saber por que sempre desistiram de mim. A assistente social que me levou para o orfanato começou a me contar. Quanto mais eu sabia, mais ódio deles eu tinha. Prometi que eles pagariam por ter me deixado sozinho no orfanato. Meus colegas que cresceram comigo foram adotados, menos eu

E você fugiu?

Sim, esperei um vacilo dos tios do orfanato, roubei meus documentos, o diário da minha mãe, peguei as poucas coisas que eu tinha e fugi. Fiquei vagando pelas ruas, sem a mínima ideia de como ia encontrá-los. Comecei a ser explorado. Me faziam pedir esmola, sair para comprar comida, me batiam e tomavam tudo que eu conseguia. Passei muita fome, medo, frio, mas não queria voltar para o orfanato.

REJEITADOOnde histórias criam vida. Descubra agora