O escritório não era nada do que eu esperava. Imaginava que seria algo estilo espartano e frio, com muito espaço vazio e sem qualquer toque humano. Em vez disso, a primeira coisa que me chamou a
atenção quando entrei foi a variedade de plantas tropicais florescendo em volta da Sra. lauren. Algumas estavam agrupadas na janela, outras destacadas em uma pequena alcova na parede dos fundos, e algumas menores estavam até mesmo em sua mesa de mogno maciço. O grande número de luzes para plantas dava ao escritório um brilho suave, acolhedor. O teto também tinha a altura certa nem tão alto que deixasse o espaço com uma aparência ameaçadora, mas nem tão baixo que parecesse sufocante e apertado. Sra. lauren estava em pé, no centro da sala, ao lado de algumas poltronas e uma pequena mesa. Ela sorria cautelosamente. Ou talvez esse fosse seu jeito normal de sorrir. Eu nunca antes pensei que iria olhá-la diretamente nos olhos, e certamente nunca o tinha visto sorrir. Fazia-o parecer mais jovem. Não que ela parecesse velha antes, mas a diferença era marcante. Na verdade, eu não tinha ideia de quantos anos ela tinha, mas sempre achei que fosse uns trinta e poucos. "Por favor, Sra. CABELLO," ela disse, gesticulando para uma das cadeiras. "Sente-se. Posso lhe oferecer algo pra beber? Café? Água? Suco?" Fiz que não. "Antes de começarmos, eu gostaria de lhe assegurar que esta reunião não é motivo para se preocupar. Não há qualquer problema com o desempenho do seu trabalho aqui. Eu tenho uma proposta de negócios pra você, que acredito ser benéfica para nós duas. Meu advogado está aqui para supervisionar nossas negociações e garantir que façamos um acordo justo. Está entendendo até agora?" Fiz que sim, engolindo seco. Suspeitava que ela estivesse prestes a pedir para eu fazer algo contrário a qualquer seminário de ética empresarial que já fui obrigada a assistir. Ela sentou-se em uma das cadeiras opostas a mim, desabotoando o paletó. "Quero que você entenda que, se recusar, seu emprego aqui não estará ameaçado de qualquer forma." O advogado estava girando uma caneta entre os dedos, olhando para o chão. Tive a sensação de que ele não estava muito feliz com o que estava acontecendo, mas ele não diria nada, contanto que recebesse seu pagamento. "Sra. CABELLO, como tenho certeza que sabe, eu moro e trabalho neste país há muito tempo. Este lugar é meu lar. Aqui foi onde eu construí tudo o que é importante pra mim. Mas acontece que eu nasci do outro lado da fronteira, no mexico. Infelizmente, eu confiei na pessoa errada pra cuidar da papelada que deveria me permitir morar e trabalhar legalmente aqui. Ele roubou muito dinheiro de mim, mas, pior que isso, ele não preencheu direito os papéis. Eu não estava ciente até receber uma notificação do Serviço de Imigração e Naturalização, o INS, dizendo que eu não era mais bem-vindo aqui." Ela fez uma pausa, mexendo nas abotoaduras. "Você é uma mulher inteligente e tenho certeza que pode ver onde isso vai dar." Bem, essa situação certamente teve uma virada interessante. Eu forcei-me a pensar sobre isso de forma lógica, como se fosse possível. Ela era uma mulher bonita, claro – nenhuma dúvida quanto a isso – na verdade, eu não conseguia parar de pensar que, comparando, eu pareceria um pouco mal-apanhada ao seu lado. Mas obviamente ela não achava isso. Ou não se importava. Limpei a garganta. "sra lauren... senhora... posso lhe perguntar por que me escolheu?" Ela olhou-me por um momento. "Sua supervisora," ela disse, finalmente. "A Sra. Anderson. A Lisa. Ela é uma das poucas pessoas que sabem sobre o meu... problema. Quando ela veio até mim e contou que em várias conversas você demonstrou não gostar da instituição do casamento, eu pensei que poderia se interessar." "Essa foi uma conclusão bastante precipitada," falei, franzindo as sobrancelhas. Se eu soubesse que a Sra. lauren tinha a Lisa na palma da mão, nunca teríamos tido tantas conversas profundamente pessoais. Ela havia acabado de sair de licença maternidade, então eu não teria nem mesmo a
oportunidade de colocá-la contra a parede e perguntar que diabos ela estava pensando. Não que eu fosse atrever-me.
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casamento de conveniência
Fanfiction(Casei com uma bilionária) adaptação = camren vai ser (gp)