Fiz que sim, voltando à realidade com a súbita lembrança do real motivo pelo qual estávamos aqui. "Desculpe," falei. "Eu não queria...
falar sobre isso agora. Eu só... não quero me deixar levar." Se ela ficou pensando o que eu quis dizer com isso, não perguntou, ainda bem. Nem eu mesma tinha certeza do que eu quis dizer com isso. Eu não tinha a intenção de deixar transparecer que eu já estava começando a perder o foco do nosso "relacionamento". Tenho certeza que a última coisa que ela queria era que eu me apaixonasse de verdade por ela.
Iria tornar tudo tão complicado. Por que minha mente sempre tinha que fazer coisas assim? Por que ela tinha que ser tão estúpida? "Entendo," ela falou. "Não se preocupe. Se algum dia você tiver algum questionamento ou preocupação sobre como eu estou escolhendo lidar com tudo... isso," ela fez um gesto vago,
"por favor, não hesite em me perguntar." "Claro," respondi, pegando minha taça de vinho que já estava cheia novamente e tomando um gole generoso. lauren se recostou na cadeira, mudando seu rosto para a expressão de uma mulher que estava divertindo- se muito em seu primeiro encontro.
Reclamei baixinho. Até eu poderia acreditar por um momento. Mas é claro que ela só estava fingindo. Estávamos na sobremesa agora e eu mal podia sentir o gosto do pequeno tiramisu reinventado que enfiava na boca. Tudo o que eu podia fazer a essa altura era rezar para que as coisas ficassem menos estranhas conforme passássemos mais tempo juntos. Ou não. Eu conseguiria aguentar um ano de estranheza por dois milhões de dólares, não conseguiria?
Poxa, eu tenho aguentado uma vida toda de estranheza por conta própria. E não tinha ninguém a quem culpar por isso a não ser eu mesma. "Então, camila," lauren falou, girando suavemente a haste de sua taça vazia entre os dedos, fazendo-a dar uma meia volta para um lado e para o outro, sem parar.
"O que você fazia da vida antes de ir trabalhar para mim?" Suas palavras estavam carregadas de significado. Era assim que ela falava com as pessoas que ela estava tentando seduzir de verdade? Será que ela não pensou que enquanto a parte sensata da minha mente entendia que ela estava fingindo, ela ainda iria fazer meus hormônios enlouquecerem? Ela falava exatamente como no meu sonho.
Eu tinha que esquecer aquela porra de sonho. Limpei a garganta, tentando ignorar o som do meu coração palpitante em minhas orelhas. "Era vendedora", disse, simplesmente. "E fiz faculdade antes disso". "Onde você estudou?" "No Instituto, no centro." "Fez design gráfico?" Fiz que sim. "Você é muito talentosa, sabia?", ela falou. Olhei ao meu redor instintivamente, como se ela pudesse estar falando com outra pessoa. "Obrigada," respondi, finalmente.
Minha voz parecia muito distante. Peguei meu copo d'água. O gelo já tinha derretido, fazendo o nível de água subir o suficiente para derramar um pouco em mim quando tomei um gole. Resmunguei, procurando um guardanapo para enxugar-me. Era isso mesmo o que eu tinha feito.
Consegui virar uma bêbada descoordenada em meu primeiro encontro com uma bilionária. Ótimo trabalho, camila! lauren riu, com os olhos brilhando. "Acho que já chega de vinho por hoje," disse. "Gostaria de tomar um café?" "Café não te deixa sóbrio", murmurei. "É um mito." "Eu sei," ela disse. "Mas você quer mesmo assim?"
(continuar)
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casamento de conveniência
Fiksi Penggemar(Casei com uma bilionária) adaptação = camren vai ser (gp)